Na COP 29, Estado apresenta novo Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia
Governo do Pará mostra a iniciativa inovadora para a conservação de áreas florestais com exemplares raros de árvores amazônicas
O fortalecimento da proteção ambiental e do protagonismo do Pará na preservação da Amazônia, serão demonstrados pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), na da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), em Baku, no Azerbaijão, no próximo dia 20 deste mês.
O Instituto estadual vai participar do painel “Unidades de Conservação da Natureza do Pará - Um Santuário Florestal”, e dará destaque ao projeto de criação do Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia, uma iniciativa inovadora para conservação de áreas florestais com exemplares raros de árvores gigantes.
A palestra do Ideflor-bio será conduzida pelo assessor técnico da presidência do órgão ambiental, Thiago Valente. Ele vai apresentar um panorama abrangente da Amazônia Legal Brasileira, com foco nas áreas protegidas do Pará. O Estado abriga algumas das maiores áreas de preservação da região, e a criação do novo Parque visa expandir ainda mais a proteção às espécies raras e aos ecossistemas críticos. A proposta também ressalta a importância das Unidades de Conservação (UCs) do Pará para a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas.
A apresentação incluirá um histórico detalhado da descoberta das árvores gigantes na Amazônia, que estão entre as maiores já registradas no mundo. Entre elas, um angelim-vermelho com 88,5 metros de altura, que equivale a um prédio de 30 andares. “Essas árvores representam um patrimônio natural único, não apenas para o Brasil, mas para o planeta. A criação do Parque é um marco na proteção desses monumentos vivos da biodiversidade”, afirma o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto. A preservação das árvores gigantes é vista como um ponto essencial no combate ao desmatamento e à degradação ambiental na região amazônica.
Escuta - Para garantir uma gestão inclusiva e participativa, o Ideflor-Bio realizou uma Consulta Pública no Distrito de Monte Dourado, município de Almeirim, próximo à área proposta para o Parque. Segundo Thiago Valente, “a comunidade local desempenha um papel crucial no sucesso deste projeto. Nossa proposta de criação do parque foi amplamente discutida com a população para garantir que todos os aspectos sejam integrados às necessidades e aos direitos das pessoas que habitam a região”, frisou.
O Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes da Amazônia tem como um de seus principais objetivos a proteção dos recursos hídricos, da flora e da fauna, além de incentivar a pesquisa científica e o ecoturismo sustentável. O local é um laboratório natural para estudiosos de várias áreas e uma oportunidade de desenvolvimento para as comunidades locais.
O Parque se destaca como uma das maiores iniciativas de conservação ambiental promovidas pelo estado do Pará em décadas. Outro ponto abordado no painel serão os próximos passos para a implementação do Parque, que incluem o fortalecimento da infraestrutura para visitantes e pesquisadores, além de políticas específicas para gestão e fiscalização do território.
Comitiva - A delegação do Ideflor-Bio na COP29 é composta por Nilson Pinto, Thiago Valente e da diretora de Gestão de Florestas Públicas de Produção do Ideflor-Bio, Ana Claudia Simoneti. Juntos, eles buscam captar apoio internacional e firmar parcerias para reforçar as políticas de preservação ambiental do Pará. A participação do Pará na COP29 reforça o compromisso do estado com as agendas climáticas globais e reafirma a importância da Amazônia na regulação climática do planeta.
O novo Parque será uma referência em preservação ambiental e um símbolo do compromisso do Pará com a biodiversidade. “Este novo Parque representa um verdadeiro santuário florestal e marca uma nova fase para a política ambiental do Pará, mostrando ao mundo o papel essencial que as UCs desempenham na proteção da Amazônia e na mitigação das mudanças climáticas”, concluiu Nilson Pinto.