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CULTURA

Estado investe no fortalecimento da cultura com a criação e valorização de espaços para arte e lazer

Construção do Parque da Cidade e Porto Futuro II para a COP30 deixará importante legado para a população do estado

Por Ingo Müller (SECOM)
13/11/2024 08h00

O Governo do Pará tem investido na construção de novos espaços para a cultura, arte e lazer na capital, Belém. Obras que requalificam a capital paraense para a COP30, a conferência climática da ONU que acontecerá em novembro de 2025, em Belém, e que após o evento poderão ser usufruídos pela população. 

“O Governo do Pará está empenhado na preparação de Belém para a COP30, e a Secult tem um papel fundamental nesse processo. Nosso objetivo é garantir que a cidade esteja não apenas pronta para o evento, mas que os investimentos deixem um legado para Belém e para todo o estado. Obras como o Parque da Cidade e o Porto Futuro II fazem parte dessa estratégia”, disse a secretária de cultura Úrsula Vidal. 

As obras do Parque da Cidade, que vai receber representantes de 190 países durante a conferência climática da ONU, estão avançadas: a chamada “Etapa COP”, que será finalizada antes do evento, está 70% pronta. Com a entrega do Parque, os moradores da Região Metropolitana poderão ter acesso a mais uma opção de lazer com 500 mil metros quadrados de área que contará com um museu da aviação, um centro de economia criativa, boulevard gastronômico, ciclotrilha e ecotrilha, áreas verdes preservadas, lago artificial e instalações esportivas voltadas para a promoção da qualidade de vida, cultura, arte e bem-estar.

Já o Porto Futuro II, vai ocupar o espaço de cinco galpões cedidos pela Companhia Docas do Pará (CDP) ao governo estadual. Todos estão sendo recuperados e vão ser transformados em um complexo de lazer e gastronomia onde também funcionará o Museu das Amazônias. O museu vai ocupar uma área de 3 mil m² com 1,9 mil m² de área de exposição, valorizando o patrimônio imaterial da nossa região. 

Valorização de espaços culturais

Além de obras de infraestrutura para a construção de novos equipamentos culturais, o Governo do Estado, por meio da Secult também atua na reconstrução e valorização dos espaços existentes: o teatro Margarida Schivasappa passou por reforma, o cine Líbero Luxardo teve espaços adaptados para pessoas com deficiência e a biblioteca da Fundação Cultural do Pará.

Na Casa das Artes, foram executados serviços de adaptação do Cine Alexandrino Moreira, biblioteca, banheiro, recepção, bilheteria e mercado cultural; e na Casa da Linguagem as obras de adaptação do espaço físico estão em andamento, garantindo que o prédio histórico tenha acessibilidade. 

"Entendemos que investir na manutenção dos espaços de cultura é também investir na promoção de uma política pública democrática e transparente para o setor cultural. É por meio das atividades promovidas pelos espaços e além deles que garantimos capilaridade, com o alcance às 12 mesorregiões do Estado, e também, contemplando todas as expressões e segmentos do setor cultural por todo o Pará", disse Thiago Miranda, presidente da Fundação Cultural do Pará. 

Outro benefício entregue pelo governo estadual à população paraense foi a requalificação do Memorial Magalhães Barata, no bairro de São Brás, em Belém, que agora funciona como uma Estação Cidadania, levando serviços para a população. 

Valorização do artista

A Secult fomenta ainda a arte por meio de editais de cultura, como o edital Tamba-Tajá, voltado para as artes cênicas, que prêmio 19 propostas, para a utilização do Teatro Experimental Waldemar Henrique e de outros espaços culturais. 

Wallace Horst foi premiado com o editar Tamba-Tajá em 2023, e graças a ele pode apresentar no mês de outubro de 2024 o espetáculo “Círculo de pulgas, a história do palhaço Fio Dental e da Pulga Mimi”, que foi todo construído com materiais reciclados para levar às crianças uma mensagem sobre a importância de acreditar em seus sonhos - um tema que o artista conhece muito bem, já que através do edital o seu sonho pode finalmente ser realizado. 

"A importância de editais como esses é fortalecer a produção de artistas independentes, como no meu caso. Eu já tinha o espetáculo Círculo de Pugas há nove anos, e nunca tinha contado com apoio ao meu espetáculo, que foi todo construído do meu dinheiro, do meu investimento, do meu bolso, com materiais utilizados dentro da poética também que se faz com metalinguagem de superar, acreditar. Então, quando eu ganho um edital que nem o Tamba-Tajá, que eu tenho direito a uma semana de estadia no teatro, eu tento pegar esse dinheiro que ganhei, esse incentivo, esse investimento e trazer como retorno à sociedade. O que eu fiz? Eu fiz parcerias com escolas públicas, parceria com a Seaster, que levou idosos de dois abrigos para prestigiar", conta Wallace, que também fez apresentações para comunidades ribeirinhas e espetáculo gratuitos. 

"Todos os dias eu tive plateias lotadas, garantindo um retorno para essa comunidade, que é o maior número de pessoas tendo acesso, assistindo, consumindo arte, consumindo cultura. Então a importância desse edital, para eu poder proporcionar através do edital o maior número de pessoas para participar, assistir, prestigiar e se sensibilizar pela arte, porque quando a gente faz arte, muitas das vezes a gente não está só fazendo um espetáculo de entretenimento, a gente está provocando sensações e sensibilizando pessoas para a vida", destaca o ator. 

Incentivo à arte gera emprego e renda

Dentre as iniciativas de fomento cultural do Pará uma das mais importantes é o Programa Semear, que estimula a pesquisa e produção artística. 

Em 2024, o Programa Semear passou a aceitar inscrições de dois projetos por proponente, no limite total de R$ 600 mil por submissão, R$ 200 mil a mais do valor anterior.

Além de incentivar a cultura, o projeto dá outro tipo de retorno para a comunidade: a arte gera emprego e renda, já que com as captações realizadas a partir dos recursos de 2023 foram gerados  7.168 empregos diretos e 61.235 empregos indiretos.

"Seguimos comprometidos em fortalecer nossas ações, fazendo com que a política cultural chegue na ponta, aos nossos fazedores de cultura, com iniciativas como os editais da Lei Paulo Gustavo, que têm financiado diversos projetos, além das ações já calendarizadas, como o Festival de Ópera e a Feira Pan-Amazônica do Livro", destaca a secretária de cultura Úrsula Vidal. 

Eventos que encantam o público

Além disso, por meio da Secult, o Estado também promove iniciativas para ocupar espaços culturais, promovendo eventos como a exposição fotográfica “Juruti Festival das Tribos - A Celebração”, do fotógrafo paraense Alexandre Baena; e “Círio de Sensações” e “Fruturos - tempos amazônicos”, sendo esta última uma iniciativa inédita de itinerância do Museu do Amanhã. 

"A exposição 'Juruti-Festival das Tribos' percorreu as cinco regiões brasileiras levando a força dos Mundurukus e Muirapinimas, que fazem uma disputa incrível dentro do Tribódromo de Juruti, no Festribal, um verdadeiro espetáculo teatral que é uma das mais ricas expressões culturais da Amazônia Paraense, que começou por Brasília, sendo a primeira exposição da programação cultural celebrando os 200 anos do Senado Federal, depois seguiu para Porto Alegre, Espírito Santo, Salvador, Manaus, Belém, até sua conclusão na abertura do 30⁰ Festribal, sendo a primeira exposição artística do município de Juruti! Nessa jornada mais de 32.000 brasileiros estiveram presencialmente nas exposições e puderam sentir um pouco da força dos Povos Originários do Pará e foi feito o convite para que todos venham ver e viver a energia do Tribódromo de Juruti!", disse o fotógrafo Alexandre Baena. 

O estudante universitário Vitor Nascimento, de 22 anos, visitou a exposição do Círio em Belém, e ressalta a importância deste tipo de iniciativa. 

“Eu tive uma experiência muito bacana na exposição do Círio. Toda a exposição era muito bonita. Acredito que investimentos em incentivos culturais como espetáculos teatrais, exibições cinematográficas e exposições científicas ajudam a agregar ainda mais no senso de cultura de um povo”, conclui o jovem.