PCT Guamá terá polo de capacitação para empreendimentos de impacto social e ambiental
A nova estrutura física, cuja obra está prevista para começar em 2025, se integrará ao esforço de criar um ambiente propício à inovação tecnológica, incluindo eventos e exposições
O Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, vai ganhar uma nova estrutura física, o “Espaço Sustentável”, um polo de capacitação para empreendimentos de impacto, e atuará em conjunto com o "Espaço Inovação" e o "Espaço Empreendedor". O projeto está alinhado com o esforço de criar um ambiente propício para a inovação tecnológica, incentivando o surgimento de novos negócios com impacto positivo, nos âmbitos social e ambiental.
A Fundação Guamá, gestora do complexo e autora do projeto do edifício, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), firmaram um convênio no valor de R$ 11.404.359,10 para o projeto. As obras têm previsão de início em 2025.Parque de Ciência e Tecnologia Guamá incentiva o surgimento de novos negócios com impacto social e ambiental
O objetivo é desenvolver a capacitação de empreendedores por meio de parcerias com parques tecnológicos e ambientes de inovação. O projeto está vinculado ao Programa Ambientes de Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e será financiado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), sob a supervisão da Finep.
Mobilidade e integração - “O PCT Guamá conta com dois prédios usados por residentes do Parque, e estamos operando com total capacidade ocupada. Com este novo edifício, além de termos a oportunidade de receber mais empresas inovadoras, teremos ainda uma estrutura maior para eventos e exposições diversas, podendo ser usado para lançamentos de produtos e divulgação dos empreendimentos do complexo. Além disso, os três prédios estarão interligados por meio de corredores cobertos, o que irá facilitar a mobilidade e integração", informa Rodrigo Quites Reis, diretor-presidente da Fundação Guamá, entidade gestora do PCT.
Para o reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, é fundamental as empresas pensarem estratégias que associem viabilidade econômica à preocupação socioambiental, considerando a natureza em sua totalidade, com homens e mulheres em intercâmbio com outros elementos. “Nessa perspectiva, entendemos que, no PCT Guamá, esse novo empreendimento ampliará o espaço para o desenvolvimento de projetos sustentáveis e inovadores na Amazônia. A UFPA, assim como a Finep e a Fundação Guamá, trabalham para que os avanços que o Parque apresenta para a região sejam cada vez mais voltados para o atendimento dessa totalidade, beneficiando uma cadeia que, na ponta, serve à população com produtos e serviços em várias áreas, mas com os cuidados necessários com os nossos territórios da Amazônia", ressaltou o reitor
Participação - Para se tornar residente do PCT Guamá, os interessados passam por uma seleção. O processo é feito por meio de edital contínuo, aberto conforme ocupação total dos ambientes. Após essa etapa são feitas a análise das documentações e a apreciação da proposta de negócio, por uma comissão de avaliação.
Podem ser residentes pessoas jurídicas com empreendimento de base tecnológica ou impacto socioambiental, com projetos e empreendimentos em estágio de validação de produto ou serviço; empresas que já validaram seu produto ou serviço e possuem projeto de estruturação para ampliação da carteira de clientes; empresas constituídas há menos de dois anos, que já começaram um negócio e buscam acelerar suas atividades, e empresas em operação há, no mínimo, um ano, com resultados e projeções financeiras positivos.
Empresas e laboratórios instalados no complexo têm acesso à infraestrutura completa, com segurança 24 horas, estacionamento, vestiário, internet de alta velocidade, serviços gerais, sala de reunião, auditório, coworking, salas para treinamentos, descontos na contratação dos serviços dos 12 laboratórios instalados no parque, entre outras vantagens.
Referência na Amazônia - O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Universidade Federal do Pará, Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Fundação Guamá.
É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil, e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.
Localizado às margens do Rio Guamá, que dá nome ao complexo, o PCT Guamá fica entre os campi das duas universidades parceiras, e conta com um ecossistema que se estende por 72 hectares, destinados a edificações e à Área de Proteção Ambiental (APA) da Região Metropolitana de Belém.
Estrutura - O complexo abriga mais de 30 empresas residentes (instaladas fisicamente no Parque); mais de 40 associadas (vinculadas ao Parque, mas não fisicamente instaladas), e 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do Estado.
O PCT Guamá integra o maior ecossistema de inovação do mundo. É membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (Iasp).