Plano de Gestão da APA Triunfo do Xingu é aprovado e estabelece diretrizes para a conservação ambiental
Com uma área que abrange os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, a APA é considerada uma das maiores Unidades de Conservação (UCs) do Brasil e fundamental para a preservação da biodiversidade na Amazônia
O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) publicou, no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira, 4, a aprovação do Plano de Gestão da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. Com uma área que integra os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, a APA é considerada uma das maiores Unidades de Conservação (UCs) do Brasil e fundamental para a preservação da biodiversidade na Amazônia.
Conforme a portaria publicada, o Plano de Gestão da APA Triunfo do Xingu foi elaborado pela consultoria CON&SEA LTDA, contratada pela Conservation International (CI) do Brasil. O projeto foi desenvolvido no âmbito do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (PSAM) e inclui três capítulos principais, que abordam desde os aspectos gerais da UC até o planejamento detalhado de ações de conservação e gestão. O documento também traz o zoneamento da área e normas para o manejo dos recursos naturais.
"Estamos dando um passo importante para assegurar a preservação da floresta e a qualidade de vida das comunidades que vivem na região. O Plano de Gestão é o instrumento que nos permitirá avançar com uma gestão sustentável, que respeite o meio ambiente e promova o desenvolvimento socioeconômico local", destacou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, sobre a aprovação do documento.
Levantamento - O plano foi elaborado com base em um diagnóstico da UC, que analisou características físicas, biológicas e socioeconômicas da região. A partir dessas análises, foram definidos objetivos específicos para a APA Triunfo do Xingu, incluindo a proteção de habitats sensíveis e o combate ao desmatamento. As diretrizes do plano buscam ainda equilibrar a conservação ambiental com o uso sustentável dos recursos naturais, beneficiando as comunidades locais e preservando a biodiversidade.
O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, ressaltou a importância do plano para a gestão da UC. "A APA Triunfo do Xingu desempenha um papel essencial para a Amazônia e para o Pará, e o Plano de Gestão nos permite um planejamento mais efetivo, trazendo orientações claras para a proteção dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável da região", enfatizou.
Entre as metas estabelecidas, estão a implementação de programas de gestão, com ações específicas para a preservação da flora e fauna locais, além de iniciativas de educação ambiental e de apoio às atividades sustentáveis. O plano inclui ainda um cronograma de execução, com ações a serem realizadas ao longo dos próximos anos. Para a equipe do Ideflor-Bio, essas diretrizes são essenciais para manter a integridade ecológica da área e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
Demarcações - Outro ponto importante é o zoneamento da APA, que define áreas específicas para conservação e atividades de baixo impacto. Esse zoneamento é considerado essencial para proteger os ecossistemas mais frágeis e permitir a convivência equilibrada entre as atividades humanas e a natureza. "Esse plano é fruto de um trabalho detalhado e comprometido com o futuro da região e com as comunidades locais. Agora, teremos um guia técnico para tomar decisões alinhadas com a sustentabilidade", afirmou o gerente da Região Administrativa do Xingu, Marco Aurélio Oliveira.
O Plano de Gestão da APA Triunfo do Xingu está disponível para consulta pública. Interessados podem acessá-lo na sede do Ideflor-Bio em Belém, na sede da APA em São Félix do Xingu, ou por meio do site oficial do órgão. A medida visa dar transparência ao processo e permitir que a sociedade acompanhe as ações voltadas para a preservação da área.
Regramentos - Qualquer atividade dentro da APA deverá estar em conformidade com as normas estabelecidas pelo plano. A medida é vista como uma ferramenta para frear o desmatamento ilegal e a degradação ambiental na região. Os casos omissos ou não previstos no documento deverão ser resolvidos em conjunto com o órgão gestor, que terá a responsabilidade de assegurar que os objetivos de conservação e gestão sejam respeitados.
Por fim, a aprovação do plano marca um avanço na proteção ambiental do Pará e reforça o compromisso do Estado com a conservação da Amazônia. "Esse é um marco na trajetória de preservação do Xingu. Trabalhamos para harmonizar a proteção ambiental com o desenvolvimento, sempre com vistas a um futuro mais sustentável", concluiu Nilson Pinto.