Programa Pecuária Sustentável é apresentado durante o Fonesa em Brasília
O Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária reúne todas as agências de defesa para alinhar as estratégias e ações dos programas de sanidade animal e vegetal
O Programa Pecuária Sustentável do Pará, política pública do governo do Estado que prevê a identificação individual de todo o rebanho bovino e bubalino até dezembro de 2026, foi apresentado pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) esta semana, em Brasília, durante a reunião ordinária do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), que reúne representantes das instituições que desenvolvem a defesa agropecuária no Brasil.
O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, que preside o Fórum pela região Norte, mostrou as diretrizes do Programa, que está na primeira fase de implementação e é amparado em eixos temáticos como rastreabilidade, integridade da pecuária e fortalecimento da cadeia, com agregação de valor para a carne produzida em território paraense. De acordo com o diretor, o programa é desafiador e deve promover mudanças na maneira como agricultores familiares e pecuaristas, em sua diversidade, realizam suas atividades econômicas, pois implicará na adoção da identificação individual, de melhorias na gestão do rebanho, na adoção de técnicas de produção, na regularização ambiental, entre outros fatores.
“O Programa da Pecuária Sustentável está avançando a passos largos para conseguirmos o nosso objetivo, que é o rebanho 100% identificado até o final de 2026. Nós também já realizamos o treinamento dos operadores de rastreabilidade, capacitamos nossos servidores por todo o Estado, tanto no sistema como na parte operacional da identificação, e agora nós estamos programando um projeto piloto em que vamos treinar os OPRs e também realizar a identificação individual de propriedades até cem animais”, detalhou o diretor.
Pecuária Sustentável- Instituído pelo Governo do Estado no final de 2023, o sistema de rastreabilidade entra em funcionamento em todo o Pará a partir do dia 20 de novembro com os elementos de identificação à disposição do produtor rural.
Na primeira apresentação pública para os órgãos de defesa agropecuária, o Programa despertou muita curiosidade. “O Pará tem sido protagonista no cenário da rastreabilidade individual e também uma referência para as ações de defesa agropecuária no Brasil, com os investimentos e toda a reestruturação e melhorias que estão sendo feitos na Agência e isso gerou muita curiosidade em outros Estados que, inclusive, sinalizaram a possibilidade de visitar o Pará. Estamos de portas abertas para compartilhar essa experiência e tudo que estamos desenvolvendo aqui”, disse Macedo.
Na reunião, foram discutidas pautas sanitárias com o Departamento de Defesa Animal e o Departamento de Defesa Vegetal do Ministério da Agricultura e também com o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. Uma oportunidade para debater as demandas específicas de cada agência de defesa. “É um momento importante porque as agências colocam as suas demandas e as suas necessidades e conseguem definir prioridades conforme a especificidade de cada região. Sabemos que os Estados brasileiros são diversos em relação à produção agropecuária, à característica geográfica, à presença de estabelecimentos que processam produtos animais, cada um na sua particularidade. Cada região do Brasil é única e por isso as políticas de defesa agropecuária também precisam ser discutidas de maneira única para manter o padrão de qualidade da defesa nacional”, comenta Jamir Macedo.