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Refúgio de Vida Silvestre Rios São Benedito e Azul celebra 3 anos de proteção e sustentabilidade no sudoeste do Pará

Criada em 2021, essa foi a primeira área protegida instituída na gestão do governador Helder Barbalho e a 27ª do Estado, consolidando-se como um marco na política ambiental do Pará

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
21/10/2024 12h58

O Refúgio de Vida Silvestre (Revis) Rios São Benedito e Azul celebra, nesta segunda-feira (20), o terceiro aniversário de sua criação. Localizado nos municípios de Jacareacanga e Novo Progresso, na região sudoeste paraense, esta Unidade de Conservação (UC) ocupa mais de 30 mil hectares, desempenhando um papel importante na preservação da biodiversidade e no combate ao desmatamento. Criada em 2021, essa foi a primeira área protegida instituída na gestão do governador Helder Barbalho e a 27ª do Estado, consolidando-se como um marco na política ambiental do Pará.

Gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), o Refúgio de Vida Silvestre tem como principal objetivo assegurar a preservação de ecossistemas naturais, proteger a fauna e a flora locais, além de criar condições para a reprodução de espécies ameaçadas. A área do Revis também se destaca por sua função estratégica na contenção do desmatamento proveniente do estado do Mato Grosso, compondo uma barreira natural de 200 quilômetros de extensão.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou a relevância da UC para a proteção ambiental na região. “Este refúgio é um exemplo do compromisso do Pará com a preservação de seus recursos naturais. Estamos garantindo que futuras gerações possam usufruir de um ecossistema saudável, ao mesmo tempo em que freamos a destruição de áreas importantes da floresta”, afirmou. Ele também ressaltou a importância de parcerias com comunidades locais e instituições de pesquisa, essenciais para o manejo adequado do território.

Ciência - Além de suas funções ecológicas, o Revis Rios São Benedito e Azul tem sido um laboratório para pesquisas científicas. Instituições como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) realizam estudos na área, mapeando espécies ameaçadas de extinção e identificando áreas de relevância para a biodiversidade. Essas iniciativas contribuem para a elaboração de políticas públicas mais eficazes na preservação ambiental.

Vale destacar que a criação do Revis foi precedida por estudos detalhados, que envolveram análises socioeconômicas, biológicas e fundiárias. A consulta pública, realizada em conformidade com a legislação ambiental vigente, também foi um passo fundamental para a consolidação do projeto. A equipe técnica do Ideflor-Bio, em conjunto com a Procuradoria Jurídica do Instituto, coordenou todo o processo de criação da UC, que contou com o apoio de diversos setores da sociedade civil.

Gestão - O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, ressaltou que recentemente foi criado um Grupo de Trabalho para dar início à elaboração do Plano de Manejo da UC, documento este que vai definir o zoneamento e o ordenamento territorial da área. Ele também acrescentou que a UC já possui um Conselho Gestor instituído, com representantes do poder público e da sociedade civil organizada.

“A criação deste Refúgio representa uma vitória contra o desmatamento descontrolado e as queimadas que avançam pelo sudoeste do Pará. Nossa equipe tem trabalhado incansavelmente para garantir a proteção dessa área, e os resultados até agora são promissores, com uma significativa redução das ameaças ambientais”, comentou.

A localização do Refúgio, próxima à BR-163 (Santarém – Cuiabá) e às Terras Indígenas Kayabi e Munduruku, o torna parte de um grande mosaico de áreas protegidas, somando mais de 3 milhões de hectares de território legalmente preservado. Esse cinturão de proteção é essencial para a manutenção dos ecossistemas amazônicos, agindo como uma barreira contra o avanço da fronteira agrícola e do desmatamento na região.

Ecoturismo - Outro aspecto importante do Refúgio de Vida Silvestre é seu potencial para o ecoturismo, que tem sido uma das estratégias de desenvolvimento sustentável adotadas pelo Governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio. A presença de pousadas e empresas que promovem o turismo ecológico compatível com os objetivos da UC tem ajudado a estimular a economia local, gerando empregos e incentivando a preservação ambiental.

“Com três anos de existência, o Revis Rios São Benedito e Azul se consolidou como um símbolo da luta pela preservação da Amazônia. As comemorações deste aniversário servem não apenas para refletir sobre os desafios superados, mas também para reafirmar o compromisso do estado do Pará com a sustentabilidade e a proteção de um dos mais importantes biomas do planeta”, concluiu o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.