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SAÚDE PÚBLICA

Após 340 dias internado no Hospital Metropolitano, paciente recebe alta

Momento emocionou a equipe que esteve à frente do tratamento do jovem, que sofreu um grave acidente com descarga elétrica

Por Alberto Dergan (HMUE)
17/10/2024 17h51

A manhã desta quinta-feira, 17, foi marcada por um momento de emoção no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém (RMB). Isso porque a equipe do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) celebrou a alta do paciente Luciano Moura, de 19 anos, internado há mais de 300 dias após sofrer um grave acidente com descarga elétrica.

A equipe multiprofissional do Centro, incluindo médicos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, odontólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos, se juntou para comemorar a alta, considerada um milagre.

“Costumo dizer que só por resistirem a um trauma tão grave agregado por descarga elétrica e chegarem vivos ao hospital esses pacientes são milagres. Após 11 meses, celebramos o retorno do Luciano para casa, graças a todos que compõem a equipe multiprofissional do CTQ; com certeza, cada um desenvolveu papel fundamental para que isso fosse possível hoje”, explica o médico Sandro Oliveira.

Vindo de Portel, região do arquipélago do Marajó, o jovem deu entrada no HMUE no dia 12 de novembro de 2023, em estado crítico, com comprometimento na musculatura do pescoço e cabeça, o que necessitou de cuidados intensivos e uma série de intervenções cirúrgicas.

“Durante esses meses, todos atuaram de forma incansável para que ele vivenciasse esse momento de retorno para a família e tivesse um desfecho clínico favorável. Geralmente, pacientes acometidos com descarga elétrica precisam amputar algum membro, o que não foi o caso do Luciano. Ele precisará fazer retornos para a fisioterapia, mas, felizmente, sem nenhuma sequela física limitante”, completa o médico.

Esperança – Emocionada, Jaurilene Lobato, 43, mãe de Luciano e a pessoa que esteve como acompanhante desde o início do tratamento no hospital, conta que sentiu medo de perder o filho.

“No início, eu senti muito medo de perder o meu filho por conta da gravidade que ele estava, mas mantive a esperança que seria possível. Quando sentia esse medo, a equipe de psicologia vinha conversar comigo e eu me acalmava. Deu certo e sou muito grata por isso. Agradeço demais a todos que estiveram comigo e com ele nesses meses”, disse.

Após a alta, Luciano ainda seguirá um cronograma de retorno ambulatorial para cumprir a agenda da reabilitação, assistência também oferecida no Hospital Metropolitano.

“Eu me sinto bem e muito feliz por retornar para casa. Conheci muita gente aqui no hospital: médicos, enfermeiros, equipe de reabilitação. Todos eles têm paciência e estiveram sempre ao meu lado para me ajudar. Só posso dizer muito obrigado por isso e levá-los sempre no meu coração”, disse Luciano.

Assistência integral — Pertencente à Rede de Saúde Pública do Governo do Pará e gerenciado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), o Metropolitano é a única unidade do Norte do Brasil com um Centro de Tratamento de Queimados (CTQ).

“Esse momento de extrema felicidade confirma o empenho de todos à frente do cuidado dedicado aos pacientes, sobretudo para minimizar o sofrimento adquirido com traumas complexos. Esperamos que o jovem Luciano siga a vida e tenha plena qualidade para realizar seus sonhos e objetivos”, comenta o diretor executivo do Hospital Metropolitano, Marcelo Azevedo.