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Artesãs indígenas ganham espaço 'Mundo Amazônia' na Feira de Artesanato do Círio

Empreendedoras de quatro etnias têm, pela primeira vez, uma área exclusiva para comercializar produtos sustentáveis, com apoio do Governo do Pará e Sebrae

Por Fabricio Nunes (SEPI)
11/10/2024 14h39

O espaço 'Mundo Amazônia' faz sua estreia na tradicional Feira de Artesanato do Círio, no Parque FuturoO Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PA), participa da Feira de Artesanato do Círio (FAC) 2024, no espaço “Mundo Amazônia”, com mulheres indígenas empreendedoras. A programação começou na quinta-feira (10) e vai até o próximo dia 16 de outubro (quarta-feira), no estacionamento do Parque Porto Futuro, bairro do Reduto, em Belém.

O espaço é inédito e proporciona maior visibilidade aos artesãos indígenas, com produtos de origem florestal e sustentáveis. “É a primeira vez que participo, e está sendo muito necessário, porque o nosso trabalho indígena é pouco visto e valorizado”, disse Magna Silva, da etnia Juruna, de São Félix do Xingu, sudeste paraense.O espaço oferece produtos de 113 artesãos, oriundos de 19 municípios do Pará

Participam artesãs das etnias Assurini, Parakanã, Xikrin e Kayapó, que expõem e comercializam peças que confeccionam para retratar suas raízes culturas, como acessórios (brincos e colares) e cestarias, além de pinturas corporais com grafismos indígenas.

Mercado e negócios - Para Magna Silva, além de dar visibilidade às peças, o evento é uma oportunidade para abertura de mercado e geração de negócios. “Com muitos turistas em Belém nessa época do Círio é uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho, porque muitos indígenas artesãos estão dentro das aldeias e não têm oportunidades como essa. Foi muito importante a Sepi e o Sebrae disponibilizarem esse local só pra gente”, acrescentou a expositora.

Segundo a titular da Sepi, Puyr Tembé, a inclusão do espaço na FAC 2024 demonstra claramente a força do empreendedorismo feminino e a necessidade de ampliar a divulgação do trabalho de artesãos indígenas, que possuem uma grande força dentro da economia.

“São mulheres mostrando seus lugares dentro do mercado, mostrando que são capazes de apresentar um pouco dessa diversidade da cultura dos povos originários em forma de artesanato. A gente fica muito feliz com essa parceria entre a Sepi e o Sebrae. É uma abertura de mercado, é geração de negócios e divulgação das artes indígenas para o mundo inteiro”, ressaltou Puyr Tembé.O público pode conhecer e adquirir peças confeccionadas com materiais sustentáveis

Valorização cultural - O diretor-superintendente do Sebrae/PA, Rubens Magno, informou que o espaço dedicado exclusivamente ao artesanato indígena representa um avanço na valorização cultural e econômica.

“A FAC é uma grande vitrine para promover o artesanato paraense, por isso pensamos no espaço Mundo Amazônia, que é uma das grandes novidades do evento deste ano, para dar visibilidade e abrir mercado aos produtos indígenas de três regiões do nosso Estado, que já iniciaram um trabalho de gestão com o Sebrae/PA e são acompanhados pela Secretaria dos Povos Indígenas do Pará, do Governo do Estado, e pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Trazer os produtos para a feira representa a valorização desse trabalho, que tem uma carga cultural importante, ao mesmo tempo que tem potencial econômico muito grande”, enfatizou Rubens Magno.

Funcionamento - Esta já é considerada a maior Feira de Artesanato do Círio da história, montada em uma tenda com mais de 3 mil metros quadrados de área, 120 estandes para exposição e comercialização de produtos de 113 artesãos, oriundos de 19 municípios, além de área de alimentação, Espaço Kids, Vitrine Amazônica e ampla programação musical, com entrada gratuita, das 10h às 22h, exceto no dia 13 (domingo), quando estará aberta ao público das 15h às 22h. 

Todos os expositores passaram por uma curadoria feita pelo Sebrae, observando os seguintes critérios: qualidade, inovação, originalidade, agregação de valor, acabamento, uso da tag e qualidade de embalagens.