Transporte de lancha rápida na ilha do Marajó começa nesta sexta-feira
Começa a operar nesta sexta-feira, 6, a linha de transporte hidroviário a fazer a viagem Belém-Soure em uma lancha rápida da empresa Viação Tapajós, do grupo Ouro e Prata, do Rio Grande do Sul, que está estabelecida há dez anos na região oeste do Pará, com sede em Santarém. A linha de transporte ligando Belém à ilha do Marajó é um desejo antigo da população marajoara e faz parte da Agenda Mínima do Governo do Estado do Pará.
O processo para autorização de operação foi feito pela Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Pará - Arcon, que analisou toda a documentação da empresa e fez visitas técnicas aos locais de embarque e desembarque. Após esta fase, o processo foi encaminhado à Secretaria Estadual de Transporte - Setran que concedeu a autorização.
A empresa Tapajós recebeu na tarde desta quinta-feira, 5, a autorização provisória de um ano para operar no trecho, o que é uma antiga reivindicação dos moradores e empresários de Belém e da ilha do Marajó. A lancha é feita em fibra de carbono, com dois cascos, tem capacidade para 132 passageiros sentados, poltronas confortáveis, serviço de bar e lanchonete e todos os itens de segurança.
Estiveram presentes na sede da Arcon, na entrega da autorização, os secretários de Turismo, Adenauer Góes, e o de Transportes, Kleber Menezes, além do diretor da Arcon, Andrei Castro e assessores. A empresa Viação Tapajós foi representada por seu gerente geral César da Luz Quadrado.
A Tapajós irá operacionalizar a linha Belém-Soure, com viagens diárias e o diferencial de ancorar em trapiche da cidade próprio, e não no Porto de Camará, como ocorre com as demais linhas que partem de Belém rumo ao Arquipélago do Marajó. No mês que vem, a expectativa da empresa é também passar a atender Salvaterra. A lancha fará viagem de ida para Soure em duas horas, com saída de Belém às 8 horas, e volta, às 14h30.
Também na quinta-feira, a lancha fez a primeira viagem experimental de Belém, partindo do Terminal Hidroviário, até Soure, com 27 passageiros, em um percurso de duas horas. Nesta sexta-feira, a lancha passa a funcionar oficialmente.
Porto - Para que a lancha possa operar confortavelmente foi construído um porto com rampa de acesso na orla de Soure, às margens do rio Paracauari. O preço da passagem é de R$ 48,00 e não contempla gratuidades, por se tratar de um serviço do tipo diferenciado. “As vendas das passagens podem ser feitas antecipadamente e também podem ser compradas a ida e a volta. Os lugares na lancha são marcados, não havendo a necessidade de correrias. Daqui a 20 dias, a empresa começará a fazer a venda de passagens pela internet e o pagamento poderá ser feito com cartões de crédito”, explicou Antônio Paulo Sousa, técnico de regulação da Arcon.
Para Andrei Castro, diretor geral da Arcon, o serviço é um compromisso do governador Simão Jatene com a população do Marajó. “Essa lancha é também para servir a todos os moradores do arquipélago. Sempre nos preocupamos com a segurança dos passageiros e também com a questão da acessibilidade, para que sejam respeitados os direitos dos portadores de necessidades especiais”, enfatizou Andrei.
Para o titular da Secretaria de Turismo (Setur), Adenauer Góes, o serviço vai aliar qualidade e ganho de tempo. "Acessibilidade de qualidade, incluindo diminuição de tempo de percurso e prestação de serviços, é fundamental para que o destino possa ser trabalhado sob a ótica da Economia do Turismo. Isto agora tornou-se realidade para Soure e Salvaterra. Estamos absolutamente convencidos de que tanto a população de Belém, que representa uma demanda reprimida significativa, como as agências de turismo e o mercado em geral, vão se apropriar desta nova alternativa de transporte turístico para o Marajó", afirmou o secretário.
Para o titular da Setran, Kleber Menezes, a nova lancha representa um grande incremento para o turismo no Marajó. “A localidade tem uma infinidade de cenários e um ecossistema marinho e fluvial que podem e devem ser melhor trabalhados. Só assim vamos finalmente conseguir fortalecer o turismo na região, e acredito que essa lancha seja um atrativo a mais porque as linhas percorrem justamente as duas cidades polos para o turismo da região, que são Soure e Salvaterra. Fora isso, ela representa ainda uma significativa melhora quanto à acessibilidade da própria população paraense à ilha, que terá à disposição um transporte mais rápido e confortável e temos certeza que essa linha irá somar ainda mais ao serviço de transporte para o Marajó”, acredita Menezes.
César Quadrado, gerente da Viação Tapajós, disse que confia no sucesso da operação da linha. “Temos uma larga experiência em transporte hidroviário. Estamos há dez anos em Santarém e adjacências, sempre com grande e elogiada atuação. Estamos confiantes de que podemos oferecer um bom serviço de transporte, com qualidade, conforto e segurança, e também com mais rapidez”, disse.
(Com a colaboração de Israel Pegado, da Setur, e Amanda Engelke, da Secom)
