Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SUSTENTABILIDADE

Fundamentais no processo de  produção de alimentos, as abelhas recebem atenção especial no Pará

A Resolução nº 184, de 23/09/2024, que regulamenta a meliponicultura no Pará, foi publicada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) no Diário Oficial do Estado (DOE)

Por Rose Barbosa (SEDAP)
03/10/2024 14h00

Fundamentais para a sobrevivência humana, as abelhas ganharam uma data especial. Neste dia 3 de outubro é celebrado em todo o Brasil o Dia da Abelha, estabelecido no calendário oficial do Ministério do Meio Ambiente com o objetivo de chamar atenção da sociedade para a importância desses pequenos seres, responsáveis indireta e diretamente pelo alimento que é produzido no campo. 

Se não fosse a abelha, não haveria a polinização – que é o processo de transferência do pólen de uma flor a outra e que permite, no final das contas, a formação de frutos e sementes. 

No Pará, 475 criadores de abelhas estão cadastrados na Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), que é o serviço veterinário oficial responsável por colocar em prática o Programa Nacional de Saúde das Abelhas (PNSAb). A Agência faz o cadastro, o controle de trânsito e a prevenção e erradicação de doenças das abelhas.

A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), como explicou o coordenador da Copan (Coordenadoria de Produção Animal), Andrio de Andrade, trabalha no fomento da cadeia produtiva das abelhas. Ele ressalta que o Estado tem um potencial muito grande de produção, que recebe o apoio de uma rede institucional para o desenvolvimento da cultura. 

“Esse trabalho tem como base o cooperativismo. A gente destaca nos eventos que participamos a importância das abelhas – com ou sem ferrão – e ressaltamos que elas têm um papel ecológico, destacamos a função delas para o meio ambiente, está dentro do plano de desenvolvimento sustentável e da bioeconomia do Estado”, observou.

Os apicultores estão distribuídos em todas as regiões de integração do estado, e cada produção com as suas características de florada, conforme destaca a Sedap. 

Entre as regiões paraenses que mais se sobressaem na produção de mel está o nordeste, de acordo com as informações da plataforma “Infobee”, lançada pela Embrapa e que contou com a contribuição da secretaria agropecuária do estado. 

 Segundo a plataforma, em 2202 foram produzidos mais de 5 milhões e 360 mil quilos de mel somente no nordeste paraense (onde estão dois municípios conhecidos por sua produção – São João de Pirabas e Bragança). 

O Pará é o estado da região Norte que possui a maior cadeia produtiva das abelhas (apicultura e meliponicultura), com a produção mais expressiva no Norte, respondendo por 65% do total da região.

Os números mais atualizados dessa importante produção no estado ainda estão sendo trabalhados, conforme informou o coordenador de Produção Animal da Sedap, Andrio de Andrade. 

“A plataforma Infobee reúne serviços inéditos e informações técnico-científicas, econômicas e de mercado sobre a apicultura e a meliponicultura, entre esses serviços estão o Calendário Apícola Digital, que disponibiliza informações sobre o local de ocorrência e a época de floração das plantas mais visitadas pelas abelhas na região amazônica”, destacou. 

Resolução -  Além de comemorar a data dedicada às abelhas, os meliponicultores têm um motivo a mais para festejar esta semana. Na última terça-feira (1), o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) publicou por meio do Diário Oficial do Estado (DOE), a Resolução de nº 184, de 23/09/2024, que regulamenta a meliponicultura – atividade de criação de abelhas nativas sem ferrão - no estado do Pará. A legislação orienta sobre o licenciamento ambiental da atividade e sobre os critérios para uso e manejo sustentável das abelhas nativas.

De acordo com Andrade, com a publicação, os meliponicultores paraenses poderão atuar com mais clareza com relação à criação e manejo das abelhas sem ferrão, que pela resolução, são  definidas como “insetos pertencentes à ordem Hymenoptera, família Apidae, subfamília Meliponinae, Tribos Meliponini e Trigonini, com ocorrência natural no estado do Pará, formado por diversas espécies que possuem o ferrão atrofiado e hábito eussocial”. 

 Entre outras definições, a resolução estabelece quais são e como são classificados os diferentes tipos de meliponário. A resolução estabelece, ainda, os procedimentos com relação ao transporte e comercialização de colmeias, entre outros.

Serviço: A Resolução de número 184 de 23 de setembro de 2024 pode ser consultada neste endereço. O interessado também terá acesso à Portaria  do Conselho do Agronegócio (Consagro) – presidido pelo titular da Sedap - que criou a Câmara Setorial do Mel. 

Já quem quiser obter mais informações acerca de dados de produção pode acessar o endereço da plataforma Infobee.