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Adepará entrega registro de produção artesanal à agroindústria de açaí

Líder nacional da produção de açaí, o Pará tem hoje 225 estabelecimentos autorizados a processar polpas de frutas registrados no Serviço Estadual de Inspeção Vegetal

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
02/10/2024 14h35

O empreendedor Nazareno Alves e o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, entre Nelson Leite, gerente de Produtos Artesanais de Origem Vegetal, e Lucionila Pimentel, diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, durante a entrega do certificado Um dos maiores estabelecimentos de produção de açaí da Região Metropolitana de Belém recebeu da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) o certificado de registro artesanal, e está autorizado a fabricar conservas de frutas em todo o território paraense.

Conhecido pelo nome fantasia “Point do Açaí”, o estabelecimento é tradicional no bairro da Cidade Velha, em Belém. Em 2024, a agroindústria recebeu o Troféu Estrela Azul, que premia os melhores da gastronomia paraense. Ficou em primeiro lugar na 10ª edição do evento como o Melhor Açaí de Belém.

O empreendedor Nazareno Alves conta que iniciou o empreendimento na pequena casa da família, e hoje possui seis estabelecimentos na capital, além de uma plantação de açaí irrigado em Igarapé-Açu, município do nordeste paraense.

Para o futuro, além de comercializar o produto para vários estados, ele está investindo no fornecimento para supermercadistas e implementando uma agroindústria em Igarapé Açu, para exportar o excedente da produção. Nazareno Alves também organizou o setor com a criação de uma associação, a Amaçaí (Associação de Produtores de Açaí da Amazônia).

“Hoje, dez por cento do açaí processado é exportado, e a tendência é aumentar a procura pelo nosso açaí. Por isso, estamos trabalhando, projetando o futuro, nessa área de 18 hectares”, informa.

A agroindústria certificada já conquistou o título de Melhor Açaí de BelémCertificação - No final de setembro, a Adepará entregou o certificado de registro para o estabelecimento durante visita do empreendedor à unidade central da Agência, em Belém. A entrega do certificado contou com a presença do diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, da diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, Lucionila Pimentel, e do gerente de Produtos Artesanais de Origem Vegetal, Nelson Leite.

De acordo com o fiscal estadual agropecuário Nelson Leite, responsável pela certificação de agroindústrias na Adepará, hoje funcionam 225 estabelecimentos autorizados a processar polpas de frutas registrados no Serviço Estadual de Inspeção Vegetal, que seguem as normas sanitárias de higiene e passam por inspeção regular da Agência.

A produção de polpas de frutas no Pará é de aproximadamente 1.550 toneladas por ano. A atividade é desenvolvida em 82 municípios paraenses, e contribui para alavancar a economia em diversas regiões do Estado, fortalecendo o desenvolvimento regional.

Emprego e renda - Jamir Macedo ressalta que a política de implementação de agroindústrias artesanais desenvolvida pela Adepará contribui para o desenvolvimento das cadeias produtivas, gerando emprego e renda em diversas regiões.

“Nós apoiamos o produtor no que for preciso. O registro regulamenta essa atividade, demonstra para a sociedade que esse produto é seguro e tem qualidade. Ganha a confiança e a credibilidade do cidadão. Nós somos o único estado do Brasil que tem à disposição do produtor uma legislação para certificar o produto artesanal vegetal. Açaí, mandioca, farinha, tucupi são produções de cadeias artesanais que até então não eram regulamentadas pelo Serviço de Inspeção Vegetal”, ressalta o gestor da Adepará.

Produção nacional - Segundo a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o Pará segue protagonista na produção de açaí no Brasil. Em 2022, 90,4% do açaí brasileiro foram produzidos no Pará, o equivalente a 1,7 milhão de toneladas.

Dos dez municípios que mais produzem açaí no Brasil, nove são paraenses. Igarapé-Miri, na no Baixo Tocantins, lidera com 21,7% da produção nacional, totalizando 422,7 mil toneladas. Além de movimentar a economia do Estado, o setor emprega mais de 500 mil pessoas.