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Em alusão ao Dia Mundial contra a Raiva, ADEPARÁ leva ações de educação sanitária para prevenção da doença

As atividades educativas foram direcionadas para a capacitação de agentes comunitários de saúde e de endemias, com objetivo de formar multiplicadores para atuar na prevenção da doença nesses municípios

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
28/09/2024 10h15

No Dia Mundial contra a Raiva, celebrado neste sábado, 28, os municípios de Viseu, Capanema e Primavera, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) levou atividades educativas, direcionadas para a capacitação de agentes comunitários de saúde e de endemias, com objetivo de formar multiplicadores para atuar na prevenção da doença nesses municípios.

As fiscais agropecuárias médicas veterinárias Khrisna Tabosa e Adriane da Luz explicaram sobre a transmissão da zoonose e os métodos de prevenção e cuidados. Ao final das ações, foram distribuídos panfletos informativos.

"A ADEPARÁ trabalha muito próximo com a saúde humana dos municípios. As capacitações que realizamos contribuem para disseminar essas informações importantes para a prevenção contra a raiva, uma doença que não tem cura, mas que tem vacina, então tem como prevenir", afirmou a fiscal agropecuária Khrisna Tabosa.

As escolas também receberam as ações de educação sanitária pelo Dia Mundial contra a Raiva. Em Viseu, houve palestra na escola Antonio Adolfo. Em Capanema, a palestra foi para alunos do 5⁠º ano da escola Lucindo José Moreira. Já nas escolas do município de Primavera também foram contempladas com as ações educativas do programa da raiva da Adepará.

"As ações de educação sanitária ajudam a propagar conhecimento, desenvolver consciência crítica, sensibilizar e preparar o público, na compreensão da coparticipação e da corresponsabilidade que é a prevenção e o controle de doenças na agropecuária", enfatizou a veterinária Adriane da Luz.

Veterinária Khrisna Tabosa No município de Bragança, nordeste paraense, as atividades ocorreram no sistema de ensino Evolução e contaram com estudantes do 5⁠º e 6⁠º ano. As dinâmicas realizadas e o uso de recursos lúdicos prenderam a atenção dos alunos.

"Foi muito proveitoso para as crianças, inclusive elas mostraram o quanto elas se interessaram pela palestra, o quanto foi interessante o conhecimento que vocês trouxeram a partir da palestra, dos vídeos, da dinâmica, e foi um assunto que precisamos ter. Então, para a escola, foi muito válido", disse Sara Cunha, coordenadora de séries iniciais da escola.

Por todo o Estado, houveram ações em alusão ao Dia Mundial Contra a Raiva nas regionais da ADEPARÁ. 

Zoonose letal - A Raiva é uma doença viral, com letalidade aproximada de 100%, que afeta o sistema nervoso dos mamíferos, incluindo humanos. No dia 28 de setembro é comemorado o Dia Mundial contra a Raiva, uma doença que, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS, está presente em mais de 150 países. No mundo, a doença é responsável por cerca de 60.000 mortes humanas anualmente e, na grande maioria dos casos, os cachorros são a fonte de infecção.

No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, os casos de raiva humana em decorrência de agressões por cães e gatos foram drasticamente reduzidos devido a campanhas de controle de raiva em cães e a profilaxia antirrábica adequada à população, estando o país há quase 10 anos sem registro de raiva humana transmitida por cães.

Já no ambiente rural, o Ministério da Agricultura e Pecuária - MAPA, por meio do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros, é responsável juntamente com os estados pelo controle da Raiva em animais de produção. Em 2023, mais de 1.150 focos da doença foram registrados no meio rural, principalmente em bovinos e equídeos. 

A ADEPARÁ atua na prevenção da doença em todo o território paraense por meio do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros, que promove a vigilância sanitária, o monitoramento e controle de morcegos hematófagos e a educação sanitária. 

“As atividades desenvolvidas pelos nossos profissionais são responsáveis pela proteção dos plantéis pecuários contra a raiva” relata o Médico Veterinário Glaucio Galindo, responsável pelo programa na ADEPARÁ.

O veterinário lembra que a doença também é uma questão de saúde pública e destaca a importância das ações realizadas no campo para reduzir a incidência da raiva e prevenir que animais e humanos sejam contaminados. 

“A raiva é uma doença que mata, no entanto, a vacina é 100% eficaz. Então, vacine o seu rebanho. Se suspeitar de sintomas de doença nervosa, entre em contato imediatamente com a ADEPARÁ. Possuímos médicos veterinários e agentes fiscais agropecuários capacitados para realizar esse atendimento e saber identificar. Não fique com a dúvida, contacte a Agência de Defesa”, orientou Galindo.