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Alunos de Terapia Ocupacional da Uepa discutem a COP 30 e a questão climática na saúde da população nortista

Objetivo é elevar o debate acerca da saúde pública na região Norte, além de dimensionar os impactos que os efeitos climáticos exercem sobre a população

Por Governo do Pará (SECOM)
27/09/2024 15h42

O Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional, com o apoio da coordenação do curso de Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará, realiza a 2ª edição da Formação Política com o tema central: “Reflexões e Diálogos acerca dos Efeitos da COP 30 na Saúde da População Nortista”. O evento, aberto à comunidade acadêmica de qualquer instituição, em modalidade híbrida, iniciou dia 26, de forma on-line e, nesta sexta (27) ocorre durante toda a tarde, a partir das 14h, no auditório da Ueafto, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/Campus II), em Belém. 

A Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP) promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), é uma reunião anual entre os países com o objetivo comum de tratar sobre mudanças climáticas. Em 2025, o Pará será sede da 30° edição da conferência, trazendo a discussão de temas essenciais para todas as áreas do conhecimento, inclusive a saúde. 

O tema do evento surgiu a partir de uma indicação de uma aluna do curso de Terapia Ocupacional, juntamente ao centro acadêmico, para elevar o debate acerca da saúde pública na região Norte, além de dimensionar os impactos que os efeitos climáticos exercem sobre a população. A presidente do Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional, Lyvia Macedo, fala um pouco sobre a importância de correlacionar a COP com a terapia ocupacional. “Nós (centro acadêmico), pesquisamos a respeito de estudos que comprovam a grande influência do meio ambiente na qualidade de vida da população. A nossa região, que já é quente, passa por momentos de extremo calor por conta das queimadas, afetando diretamente a saúde da comunidade, principalmente indígenas e quilombolas”, conclui.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado registrou o maior número de queimadas do Brasil nas primeiras 48h de setembro de 2024, detectando 2800 focos ativos. A fumaça das queimadas contribui diretamente no aumento de doenças respiratórias como: asma, bronquite e, em casos mais graves, câncer. Esses dados confirmam a necessidade de debates acerca desta realidade entre os acadêmicos e profissionais de saúde.

Lyvia também cita que a programação foca na porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a atenção primária, deixando assim o evento de portas abertas para qualquer estudante que queira participar, independente do curso, reafirmando o objetivo principal de criar debates políticos a respeito da Amazônia dentro da universidade e para os futuros profissionais de diversas áreas. 

A programação segue hoje, presencialmente com duas mesas redondas e um debate com o tema: Nós Somos a Última Geração que Tem a Possibilidade de Mudar o Mundo: Diálogos entre o Passado, Presente e Perspectivas Futuras.

A coordenadora do curso de Terapia Ocupacional, Débora Folha, complementou que falar sobre saúde e meio ambiente é um compromisso para todos. “A universidade enquanto recorte da sociedade precisa proporcionar a discussão de pautas dessa importância, e essa iniciativa partiu do centro acadêmico, sendo assim, acredito que seja um sinal de sabedoria e maturidade da parte deles, enquanto estudantes ainda de graduação e futuros profissionais da Amazônia.”

Texto: Laura Serejo (estagiária) com supervisão de Diane Maués (Ascom - Uepa CCBS)