Polícia Civil deflagra operação e apura irregularidades na administração pública de Faro
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, e 6 mandados de busca e apreensão pessoal. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo
A Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão de Repressão à Corrupção e ao Desvio de Recursos Públicos (DECORD), vinculada à Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), realizou nesta quinta-feira, 26, no município de Faro, na região do Baixo Amazonas, uma operação para apurar irregularidades na contratação de empresas para prestação de serviços no município.
As investigações da operação "Loki" iniciaram a partir de uma "notícia fato", encaminhada pelo Ministério Público do Estado (MPPA), da Comarca de Faro, que relatava denúncias de fraudes, peculato, entre outros atos contra a administração pública. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, e 6 mandados de busca e apreensão pessoal.
A apuração iniciou com a análise de um contrato de licitação milionário para serviços de capinagem, onde a empresa, supostamente envolvida nas irregularidades, foi formalmente constituída em Manaus, onde também foram realizadas ações de cumprimento, assim como nas residências dos investigados na capital amazonense. Ao longo do inquérito, surgiram indícios de fraude no processo licitatório, não execução dos serviços contratados e possíveis ligações financeiras suspeitas entre os licitantes e o atual gestor municipal.
A empresa investigada teria recebido pagamentos em vultuosas quantias, mas evidências sugerem que não possuía sequer estrutura para executar os serviços contratados. Também foi identificado fortes indícios de que se tratava de uma empresa fantasma, sem funcionários ou capacidade operacional para cumprir o contrato firmado com o município de Faro, bem como foi constatado que o endereço registrado em Manaus não correspondia a uma sede ativa da empresa, mas sim um terreno vazio.
Durante o cumprimento dos mandados, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Do mesmo modo, foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos e aparelhos celulares, além de uma arma de fogo cal. 22; 42 munições cal. 22; e 67 estojos já deflagrados do mesmo calibre.
Todo o material apreendido passará por análise de setores especializados com o intuito de corroborar com o inquérito e detalhamento dos fatos. Posteriormente, os resultados serão encaminhados ao Tribunal de Justiça do Pará para deliberações.