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Governo do Pará garante ações de saúde e inclusão de Pessoas com Deficiência

Diversos programas de reabilitação são realizados pelo Estado, incluindo a luta anti-capacistista

Por Governo do Pará (SECOM)
21/09/2024 08h30

21 de setembro marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (lei federal 11.133/2005), data voltada à construção de mobilizações para a inclusão social de Pessoas com Deficiência (PcDs), conscientização da luta anti-capacitista e celebração destes movimentos. O Governo do Pará garante vários serviços para esse público em áreas como saúde, educação, assistência e esporte, entendendo a importância desses atendimentos para a inclusão.

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Ciir), ligado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), complexo que funciona em Belém, no bairro do Telégrafo, recebe a pessoa que, após as consultas médicas, é encaminhada aos programas de reabilitação. Uma avaliação global é realizada para traçar as metas individualizadas do reabilitando, tendo como referência o cuidado centrado na pessoa disponibilizado em três parques tecnológicos: o Centro Especializado em Reabilitação (Ceriv), Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea) e o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea).

“A avaliação global envolve as quatro linhas de deficiência: física, intelectual, visual e auditiva. A equipe multidisciplinar traça objetivo e metas do usuário. Após esse período, faz as intervenções em um dos nossos serviços de reabilitação e o PcD tem acesso a uma gama de terapias e atividades tendo o suporte da Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Educação Física, Fonoaudiologia, Musicoterapia e Psicopedagogia”, detalha Bruno Cruz, coordenador Assistencial do Ceriv. 

Há oito meses sendo contemplado com o serviço, Jhone Santos, de 36 anos, celebra os ganhos de desenvolvimento após ser inserido no programa de reabilitação no Ciir. “Tenho o diagnóstico de paraplegia crural e, logo, a minha dificuldade é o controle de tronco. Hoje, já consigo ter uma mobilidade melhor com o suporte da terapia. Consigo virar o meu corpo para os lados e fazer movimentos de forma rápida, por exemplo”, relata.

Já o Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (Ciic), ligado à Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Renda (Seaster), também em Belém e no bairro do Marco, dispõe de uma série de serviços integrados voltados ao público PcD nas áreas da saúde, habitação, assistência social, trabalho, emprego e renda. O atendimento é de forma espontânea, de portas abertas, sem ser necessário encaminhamento prévio. Anualmente realiza ações de cidadania e um feirão de emprego, com entrevistas, cadastros e encaminhamentos para vagas de emprego por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine). 

"O nosso objetivo é atender de forma assertiva o nosso usuário, priorizando a atenção em cada demanda. Contamos também com o apoio da Central de Libras do Pará (Cilpa), que funciona nas intermediações do Ciic e realiza, ao longo do ano, algumas oficinas de conhecimentos básicos de Libras voltada a representantes de empresas parceiras. O intuito é estimular empresas de diferentes segmentos à criação de estratégias de inclusão no mercado de trabalho para o público surdo, mas também incentivar a contração do público PcD e garantir ações que impulsionem a empregabilidade", detalha o coordenador do Centro Integrado, Felipe Bordalo.

Já a Coordenadoria de Educação Especial (Coees), vinculada à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), possui projetos e programas voltados aos alunos com deficiência. A ideia é estimular o desenvolvimento por meio da arte, da cultura, do esporte, do lazer, e principalmente no processo ensino-aprendizagem. Há também programas educacionais voltados ao apoio dos familiares dos alunos, com oficinas. "Essa integração entre o aluno e a família é de fundamental importância para que ele alcance a sua independência. Nós buscamos também a intersetorialidade entre as outras secretarias, como a da Saúde ou as Usinas da Paz, que são nossas parceiras para utilizar os serviços de esporte e de oficinas para as famílias", explica Denise Corrêa, coordenadora da Coees.

A abrangência da Coordenadoria se estende aos centros especializados, como o Instituto Álvares de Azevedo, que atende as crianças que têm deficiência visual; o Centro de Atendimento aos Surdos, que, além de atender a educação bilíngue para os alunos surdos, tem também a formação para os professores do ensino regular; e o Centro de Atendimento Educacional Especializado, que atende os alunos com deficiência, altas habilidades, superdotação e autistas. Há unidades técnicas especializadas em alguns municípios, como Santa Izabel, Santarém, Abaetetuba. As salas de recursos multifuncionais são espaços adaptados para o Atendimento Educacional Especializado, e são distribuídas nas escolas pelo estado. A Coees tem parcerias com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e com outras instituições nas áreas de saúde e assistência social, além de possuir unidades técnicas especializadas em alguns municípios, como Santa Izabel, Santarém, Abaetetuba.

Valdir Aguiar é professor de Educação Física da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e técnico paralímpico do projeto Parádesporto, projeto de esporte paralímpico desenvolvido na Tuna Luso Brasileira. "Vemos que tem muita criança por aí que precisa do apoio dessas modalidades. E essa turma que estamos apoiando tem tido um grande desenvolvimento. Tem alguns atletas que chegaram aqui sem equilíbrio e que hoje estão correndo, estão nadando, se desenvolvendo. Muitos chegavam aqui com depressão e o esporte é muito bom para eles, até na convivência na escola e na família. Os pais dizem que melhorou até o diálogo dentro da residência e com outros parentes", relata.

Para ele, prova da importância de um projeto como o Parádesporto é o fato de que alunos participantes apresentaram melhoria das notas na escola, no convívio com outros colegas, e também dentro da família. "Até mesmo em sociedade, porque antes não queriam participar de eventos por conta do preconceito, e agora se sentem mais leves. Trabalhamos com a inclusão. Muitos deles eram rejeitados na escola, porque não podiam participar da Educação Física, então ficavam isolados. Mas hoje em dia muitos já participam dessa prática onde estudam", complementa. 

Wallace Campos tem 24 anos e é atleta do futebol PC, para pessoas com paralisia cerebral, pelo Parádesporto. O esportista conta que o esporte transformou sua vida. "Para mim foi tudo, porque por meio dele consegui várias coisas, principalmente ser uma pessoa melhor. O esporte mudou a minha vida, tanto como atleta como na vida pessoal. Consegui estudo, emprego e a alegria que faltava para mim. As atividades me ajudaram muito também no meu físico, porque antigamente eu não tinha equilíbrio e hoje em dia em consigo andar muito bem", reconhece.