Seminário de biocosméticos lançará produtos inéditos em Belém

Uma série especial de biocosméticos com essências de manga e pracaxi, numa estratégia genuinamente regional, será apresentada pela primeira vez em Belém, nesta quarta-feira, 11, no café da manhã que registrará a formalização do Arranjo Produtivo Local (APL) de Biocosméticos do Pará. O evento na sede da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), na travessa Quintino Bocaiúva, 1588, em Nazaré, integra a programação do Seminário de Cosméticos de Base Florestal da Amazônia, até o dia 12, em Belém, numa parceria do Sebrae Pará, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedeme), Fiepa e Sinqfarma, o Sindicato das Indústrias do Setor de Cosméticos, entre outras categorias, no Pará.

O Seminário quer produzir conhecimento visando maior competitividade para a cadeia produtiva de cosméticos paraense, com o compartilhamento do que há de mais novo em recursos nas áreas de ciência e tecnologia.

‘’O governo do Estado tem reiteradamente trabalhado para a verticalização de todas as cadeias produtivas, inclusive a de biocosméticos. A formalização do APL respalda os parceiros a agirem, na prática, em parceria com o Estado com foco na verticalização da produção, agregação de valor e, sobretudo, diversificação da base econômica do Pará’’, observa o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedeme), Adnan Demachki, que estará presente no ato de formalização do APL.

A assinatura da formalização do APL de Biocosméticos será às 10h30 desta quarta, 11, no Bloco B, 9º andar da sede da Fiepa. Em seguida, das 14h às 18h, no Bloco A, do 6º andar, haverá a apresentação do resultado dos estudos realizados pelo projeto estruturante de cosméticos do Sebrae Pará. Na manhã de quinta, os participantes vão visitar o Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá. Após, das 14h às 18h, retornam à Fiepa para nova rodada de palestras.

A Chamma da Amazônia, uma das empresas mais antigas no mercado de Belém, será a responsável pela apresentação dos produtos inéditos com essências de manga e cupuaçu. A nova linha é uma homenagem aos 400 anos da cidade, completados no dia 12 de janeiro de 2016.

“Na verdade somos apaixonados por nossa terra e nossa gente, a nossa história é linda, nossa cultura, nossos cheiros e sabores, nossas lendas. Nossa terra é abençoada por Deus em diversidade da natureza até no calor excessivo amenizado por nossas mangueiras. Cada ponto, cada lugar gera uma inspiração, foi nessa atmosfera que surgiram nossos novos produtos’’, diz a proprietária da Chamma da Amazônia, Fátima Chamma, que antecipará algumas das novidades, já que a linha completa ainda está em fase de produção. 

Biodiversidade - Considerando a fantástica biodiversidade do Pará e o perfil de alguns dos palestrantes, profissionais de ampla experiência em marketing, pesquisa e inovação, vindos de outras cidades brasileiras para trocar informações com os empreendedores locais, o diretor de Mercado e Atração de Negócios, da Sedeme, Aldryn Começanha, destaca alguns dos objetivos macros do Seminário.

“Temos vantagens naturais, se consideramos a exuberância de nossa biodiversidade. Mas, não basta essa vocação natural por excelência, é necessário avançarmos na solução de gargalos que impedem um maior e melhor desempenho do setor, visando não só o mercado interno, mas o exterior”, frisou Aldryn Começanha.

Fátima Chama afirma que a maior parte dos insumos ainda é importada, sobretudo do sudeste do País, inclusive as embalagens. “Essa é uma distância que precisamos encurtar, pois o custo logístico é absurdamente alto. Precisamos ajustar a regularidade dos fornecedores. Sem matéria prima não se faz produto, por isso diria que sim, aqui começa tudo, pois os insumos precisam passar por processos de adequação ambiental, sanitária e tecnológica para entrar na composição de uma formula. É daí que vem a verticalização hoje feita no Estado, principalmente pelas pequenas empresas, exceto quanto a sabonetes em barra, que são produzidos pelas maiores’’, enfatiza a empresária. 

Os biocosméticos são uma excelente opção de mercado para a geração de renda e emprego. O Pará tem vocação para os princípios ativos que gerarão produtos com valores agregados, tão demandados pelo mundo moderno, com destaque para o forte apelo comercial embutido na marca Amazônia, atrativo inegável. ‘’Isso se bem trabalhado poderá gerar uma imagem positiva de sustentabilidade para o nosso Estado’’, acredita Fátima Chamma.