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No Hospital Galileu, órteses e próteses de baixo custo ajudam a recuperar pacientes

Dispositivos são desenvolvidos no Laboratório de Terapia Assistida, do Hospital, e feitos sob medida exclusivamente aos pacientes da unidade

Por Ascom (Ascom)
19/09/2024 10h49

Há três anos, uma queda de bicicleta mudou completamente a vida de Anderson Roberto Almeida. Em 2021, o carpinteiro trafegava na Avenida Augusto Montenegro, em Belém, quando se desequilibrou e caiu. Com o incidente, o peso de seu próprio corpo ficou sobre o punho esquerdo e acabou fraturando o osso, rompendo os ligamentos e perda de tecido. Desde então, ele foi submetido a três cirurgias e meses de hospitalização, até que hoje, vê com otimismo a recuperação. "Dói muito, e depois que eu saí do hospital, pensei que não teria mais jeito, até fazer as sessões de Terapia Ocupacional e usar a órtese feita por eles", comentou.

Anderson é um dos pacientes atendidos pela equipe de Terapia Ocupacional do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém. A unidade, referência em tratamento de trauma ortopédico do Governo do Estado, desenvolve órteses e próteses de adaptação que estão auxiliando de sobremaneira, na recuperação, na autoestima e na esperança dos pacientes, exclusivos do Galileu. Os dispositivos são feitos com materiais como PVC e tecido Neoprene que são de baixo custo no mercado.

Para o carpinteiro que está com suas atividades suspensas, a órteses é uma esperança para voltar ao trabalho. "Esse tratamento tem ajudado bastante na mobilidade da mão. Perdi alguns centímetros de osso, fiz enxerto de pele, e por isso, sinto muitas dores. Com a órtese do Galileu, já consigo mexer os dedos, e fazer o que não fazia antes. Comprei uma órtese convencional, mas sem sucesso. Ela aumentava a dor, com essa, feita sob medida, me sinto melhor", contou Anderson.

Volta de rotina 

Quem também agora é só sorrisos é o pedreiro Lourenço Barata, de 63 anos. Há 4 anos, ele sofreu um incidente com uma makita, onde teve parte de seu punho cortado e perdeu o movimento dos dedos. "Passei por situações desafiadoras. Foram duas cirurgias, dias e dias no hospital, até aqui. Mas, agora, estou me recuperando aos poucos. Essas órteses estão me ajudando bastante com a redução da dor. Já consigo movimentar os dedos, e voltei a fazer alguns trabalhos. O atendimento e os cuidados são, sem dúvidas, um diferencial da equipe do Galileu", comemorou.

Frequentando duas vezes por semana o ambulatório de Terapia Ocupacional da unidade, Alison Breno, de 23 anos, também está bastante otimista quanto ao tratamento com o auxílio das órteses. Em abril deste ano, o jovem caiu dentro de casa, e teve corte profundo na mão após o espelho do guarda-roupa quebrar com o baque. "Eu trabalhava em uma oficina automotiva, com capote de carros. Do nada, minha vida mudou. Fui para uma emergência, e dei continuidade ao tratamento no Galileu. Aqui, o tratamento está fazendo total diferença na minha recuperação", afirmou.

Produção

O Laboratório de Tecnologia Assistida (LABTA) do Hospital Galileu é um espaço onde o terapeuta ocupacional confecciona órteses, próteses e adaptações de baixo custo. "Nosso objetivo é proporcionar a recuperação do usuário, prevenindo possíveis agravos osteomioarticulares e promovendo a independência funcional", explicou Lorena Cordeiro, terapeuta ocupacional.

Conforme a profissional, por meio dos dispositivos feitos no LABTA, o HPEG - referência em traumato-ortopedia, proporciona aos seus usuários, melhor reabilitação física e autonomia. "Temos uma aceleração no processo de recuperação; reciclagem; melhoria na qualidade do cuidado, assim como na satisfação e bem estar dos pacientes", ressaltou Lorena.

Os dispositivos são de uso provisório que permitem alinhar, corrigir ou regular a parte do corpo que foi lesionada. Eles também auxiliam nas funções de um membro, órgão ou tecido para evitar deformidade e compensar insuficiências funcionais que foram causadas pelos mais diversos tipos de acidentes.

Serviço

A unidade, localizada na avenida Mário Covas, é operacionalizada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa. Em 2024, todos os serviços foram avaliados com satisfação de 99%.O Hospital tem 104 leitos de internação, mantém o serviço de reconstrução e alongamento ósseo, cirurgias de traqueia e urológica, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.

Texto de Roberta Paraense