Governo do Pará celebra um ano do Cetea com mais de 28 mil atendimentos
A instituição tem capacidade para atender até 300 usuários, e também é o primeiro centro de capacitação de profissionais do Brasil para a assistência às pessoas com TEA
O Governo do Pará celebrou um ano de funcionamento do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), nesta terça-feira (17). A instituição, gerida pelo Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, até agosto deste ano garantiu 28.322 atendimentos, que culminaram em 99,20% no índice de satisfação dos usuários. A vice-governadora Hana Ghassan foi ao Centro reforçar a importância das políticas públicas destinada a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Hana Ghassan parabenizou a gestão e a equipe multiprofissional da instituição. “Nós estamos aqui comemorando um ano da criação do Cetea, uma importante estratégia do governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa), para atendimento especializado às pessoas com autismo no Estado. O governo do Pará, desde o início da sua gestão, implantou diversas ações para atendimento ao autismo, entre elas este Centro de atendimento especializado e de formação de profissionais que atuam nessa área no Pará”, frisou a vice-governadora, que conversou com mães e familiares de usuários presentes ao evento.Carlos Eduardo Tavares e sua mãe, Geisy, também comemoram os avanços com as terapias especializadas
Primeiro centro de capacitação de profissionais do Brasil para a assistência às pessoas com TEA, a instituição conta com dois pavimentos, com capacidade para atender até 300 usuários a partir de 2 anos de idade, a fim de promover assistência baseada em evidências científicas no tratamento do autismo, e servir como laboratório de formação profissional.
A titular da Sespa, Ivete Vaz, ressaltou no evento que “hoje é dia de comemorarmos um ano da inauguração desta instituição tão importante para a saúde pública, que além de atender aos usuários, atende a seus familiares, que é um diferencial. Para celebrarmos juntos este momento, convidamos a vice-governadora Hana Ghassan para participar junto às mães e as crianças”.
Inclusão - De acordo com Jusciely Machado, gerente Administrativa e Financeira do Cetea, no primeiro ano de atuação a assistência oferecida pelo Centro já teve um impacto positivo na vida de diversas famílias e pessoas com TEA. "Estamos empenhados em manter nosso compromisso com a excelência no tratamento e na inclusão social das pessoas com autismo. Agradecemos a confiança de todos que compartilham dessa jornada conosco. Juntos, continuaremos a transformar vidas", enfatizou a gestora.
Ela ressaltou ainda que a capacidade de atender jovens e adultos representa uma significativa conquista na assistência a pessoas com TEA. "Estamos extremamente felizes e orgulhosos pelas realizações deste primeiro ciclo, especialmente pela oportunidade de formar multiplicadores na assistência ao TEA, por meio do eixo formativo", acrescentou.
Pioneirismo - O Cetea é pioneiro no Brasil como primeiro centro do Sistema Único de Saúde (SUS) que atua em dois eixos: o Formativo, voltado à capacitação de profissionais para atuação com pessoas com autismo, e o Assistencial, direcionado às intervenções pautadas em práticas baseadas em evidências para o tratamento de TEA.
O Cetea possui auditório, biblioteca, sala de aula, recursos de multimídia e salas-espelho para observação dos atendidos, para incentivar e promover o ensino, a pesquisa e práticas sobre autismo em diferentes contextos.
Na assistência, o Cetea conta com salas de integração sensorial, salas de terapia ABA (Applied Behavior Analysis - Análise do Comportamento Aplicada), sala de terapia Baby, laboratório de exercício e movimento, box de intervenção individual, salas de habilidades sociais e vocacionais e salas de Atividades de Vida Diária (AVD), além de Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD).
Aprovação - Entre os usuários do Cetea está Carlos Eduardo Tavares, 9 anos, filho de Geisy Tavares, 35 anos. A família reside no município de Marapanim, no nordeste paraense, a mais de 150 quilômetros da capital paraense. Ambos participaram do evento comemorativo ao primeiro ano do Cetea.
Segundo Geisy Tavares, "o Cetea é muito importante para todos nós. Aqui, meu filho faz as terapias, a família faz treino parental. Os pais recebem suporte emocional. A gente pede uma conversa com terapeuta, e eles nos ajudam. O Carlos recebe atendimento desde que o Centro foi inaugurado. Hoje somos uma família. Só gratidão!". Ela acompanha o filho duas vezes a cada semana para fazer a terapia ABA, terapia ocupacional e terapia de exercício e movimento, e garante que ele já apresenta desenvolvimentos significativos.
A comemoração foi realizada na área frontal da instituição, que recebeu centenas de pessoas, entre usuários, acompanhantes, funcionários e autoridades locais.
Política de Estado - A execução da obra no Cetea foi incluída em diversas iniciativas do Governo do Pará, viabilizadas pela Lei nº 9.061/2020, que instituiu a Política Estadual de Proteção aos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Peptea). Sancionada pelo governador Helder Barbalho em maio de 2020, a legislação também criou o Sistema Estadual de Proteção dos Direitos de Pessoas com Autismo, que ampara o mapeamento referente às demandas de pessoas com TEA no Pará.
Os usuários podem ter acesso aos serviços do Cetea por meio de encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS), acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que, por sua vez, encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual.
Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará, administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Está localizado na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157/ 58 / 59. O Cetea funciona na Rua Presidente Pernambuco, nº 489, bairro de Batista Campos.
Texto: Vera Rojas (com informações da Ascom/CIIR)