Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
AGRICULTURA E PESCA

EMATER beneficia mais de 100 indígenas do Alto Rio Guamá com CAF's e projetos de desenvolvimento da Agricultura Familiar

Cadastro Nacional é o primeiro documento que o produtor precisa obter, e por meio dele, os indígenas poderão ter acesso aos benefícios voltados para o desenvolvimento da agricultura familiar

Por Ivana Barreto (EMATER)
14/09/2024 20h38

105 indígenas do Alto Rio Guamá receberam o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), além da assinatura de 24 projetos agropecuários voltados para o desenvolvimento da agricultura familiar. Esses benefícios não só melhoram as condições de vida da comunidade indígena, mas também valorizam seus recursos naturais e culturais de forma sustentável, contemplando seis aldeias. O evento aconteceu nesta sexta-feira, 13, na Aldeia São Pedro, localizada no município de Santa Luzia. 

"Agora, a comunidade indígena poderá obter inúmeros benefícios que são proporcionados à agricultura familiar, que geram empregos e renda. Além de produzirem com sustentabilidade ambiental. O trabalho do escritório local é a evidência do importante papel que a ATER pública exerce no Estado", destacou o presidente da EMATER, Joniel Abreu. 

O Cadastro Nacional é o primeiro documento que o produtor precisa obter, e por meio dele, os indígenas poderão ter acesso aos benefícios voltados para o desenvolvimento da agricultura familiar, como o Programa Nacional de Habilitação Rural (PNHBR), crédito rural, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Além de Programas de seguridade social, como aposentadoria.

Além dos CAF's, 24 projetos agropecuários de crédito rural foram assinados pelos indígenas. Estes projetos foram elaborados pelos técnicos extensionistas do escritório local do município e são voltados para o cultivo de mandioca, criação de pequenos animais, manejo de açaizais nativos. 

“É fundamental que o Basa e a Emater, em parceria com o Pronaf, por meio do governo federal, levem essas políticas de assistência rural, principalmente às mulheres, pois potencializam cada vez mais as atividades das agricultoras rurais, tanto indígenas quanto as quilombolas. Cadastros como esses são importantes que cheguem dentro dos territórios, para que possam fortalecer a produção nessas comunidades rurais mais afastadas”, ressaltou a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé, que esteve presente no evento.  

Os projetos irão garantir a comunidade indígena uma fonte de sustento estável e saudável, segurança alimentar, gerar renda por meio da comercialização de produtos excedentes que poderão ser comercializados, sustentabilidade ambiental com a conservação da biodiversidade no manejo dos recursos naturais, acesso a novos mercados para a comercialização de seus produtos, como o açaí e farinha de mandioca, e a capacitação técnica ofertada pela EMATER e demais instituições do governo do Estado. 

Sandro Tembé, um dos indígenas beneficiados, destacou que a EMATER é uma instituição muito importante para a comunidade, pois é presente na assistência técnica e auxiliam no acesso as demais políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. 

Além de todos esses proveitos, a preservação cultural é também um importante benefício, não somente para a comunidade indígena, mas para nós que garantiremos que as práticas tradicionais das aldeias se manterão, como o manejo de açaizais e o cultivo dela mandioca, que são conhecimentos ancestrais.