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'OPERAÇÃO FÊNIX'

Estado envia aeronave, maquinário e bombeiros para combater incêndio em Terra Indígena

Em Bom Jesus do Tocantins, a TI Mãe Maria é atingida por queimadas devido à estiagem na região sudeste do Pará

Por Fabricio Nunes (SEPI)
13/09/2024 20h55

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi), juntamente com órgãos federais e estaduais, articula ações para combater incêndios desde o início do mês de setembro. Para auxiliar a Terra Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, no sudeste do Pará, o Estado enviou para a região uma aeronave, um caminhão-pipa, caminhonetes e outros veículos de apoio, além de 28 bombeiros militares, equipamentos e materiais para enfrentar o incêndio florestal.Mais agentes do Corpo de Bombeiros foram enviados pelo Estado à Terra Indígena para combater o fogo

Aiteipare Airompokre, morador de uma das aldeias atingidas, é brigadista, bombeiro e socorrista, atuando na região desde 2019. Segundo ele, as dificuldades em conter o fogo são grandes, mas é essencial o apoio dos órgãos envolvidos. “A aeronave chegou, e outros indígenas brigadistas de outros territórios vieram para cá, para auxiliar no combate às chamas”, informou. 

Duas bases foram montadas às proximidades da escola localizada na Aldeia Akrãkaprekti. Nelas, estão brigadistas indígenas e agentes do Corpo de Bombeiros, que atuam para controlar o fogo na região. Por conta disso, as aulas foram suspensas. “Montamos uma base próxima à uma escola e outra nas proximidades. As equipes estão todas empenhadas para evitar que o fogo se aproxime”, assegurou.

A estiagem ajuda a disseminar os incêndios na regiãoForça-tarefa - Em reunião com representantes do Ministério Público Federal (MPF), Defesa Civil de Bom Jesus do Tocantins, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), no âmbito da “Operação Fênix”, montaram um plano estratégico de combate às chamas para proteger os indígenas das aldeias no território atingido. 

Durante a reunião, um dos pontos mais debatidos foi a quantidade expressiva de focos de incêndio na área indígena, principalmente em projeção para o interior da mata virgem, o que dificulta o acesso terrestre.

Para conter esses focos, máquinas foram encaminhadas para abrir uma linha de frente na mata e facilitar a contenção das chamas, recorrendo aos aceiros - faixas ao longo de áreas de vegetação nativa livres de vegetação -, para coibir a propagação das chamas.

A Sepi acompanha os trabalhos nas áreas incendiadas, garantindo apoio aos indígenas atingidos. “Estamos acompanhando a situação de perto e verificando quais as principais necessidades deles no momento, para mantê-los em segurança. Estamos recebendo apoio tanto do governo do Estado quanto de instituições sociais”, disse Regilanne Guajajara, assessora Etno-regional da Sepi.