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SAÚDE E SOLIDARIEDADE

Comissão de Doação de Órgãos da Santa Casa dá início à campanha Setembro Verde

Pais e acompanhantes de crianças que fazem hemodiálise na instituição e esperam por um transplante, puderam tirar dúvidas sobre o assunto

Por Etiene Andrade (SANTA CASA)
13/09/2024 14h49

Campanha na terapia renal pediátrica da Santa Casa

Um bate papo com pacientes, pais e profissionais do setor de terapia renal pediátrica da Santa Casa do Pará deu início à campanha de sensibilização para a doação de órgãos e tecidos da instituição, habilitada para a realização de transplantes renais pediátricos no Estado desde 2019, já tendo realizado 34 transplantes, 11 só este ano.

A conversa foi conduzida pelas enfermeiras Waylla Luz e Sorlandia Oliveira que integram a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes ( Cihdott) e contribui para esclarecer e motivar os acompanhantes das crianças em tratamento a se tornarem multiplicadores das informações dentro de suas famílias e junto às comunidades das quais fazem parte. Para Helena, mãe de Iuri de 10 anos, que iniciou o tratamento há menos de uma semana, as informações ajudam a desfazer os mitos que dificultam as doações e contribuem para a compreensão de todo o processo.

“Meu filho tem problemas renais desde os 2 anos, mas só agora iniciou a hemodiálise. Então a questão do transplante é muito nova pra mim. Por isso foram muito importantes essas explicações, tiraram as minhas dúvidas sobre quem pode doar e como as pessoas podem manifestar o desejo de ser um doador de órgãos. Então é muito importante compartilhar o que eu aprendi aqui com os meus parentes, com os meus vizinhos para que existam mais pessoas que entendam e autorizem a doação”, afirma a Helena.

Assim como Helena, outros pais e acompanhantes de crianças que fazem hemodiálise na Santa Casa e esperam por um transplante, puderam tirar dúvidas sobre a doação de órgãos, como sobre quem pode doar, como é feito o diagnóstico de morte encefálica, quais órgãos podem ser doados e como manifestar o desejo de ser um doador.

“A importância de falar sobre a doação de órgãos com quem está ao lado de um paciente na fila de espera é porque nós formamos multiplicadores muito engajados em divulgar a causa e essas pessoas também são vistas como foco de informações para a sociedade. Por isso a gente precisa empoderá-los de informação para que as informações mais assertivas sejam propagadas na sociedade”, explica a enfermeira Waylla Luz.  

Para a enfermeira Solandia Oliveira, que também integra a equipe da Cihdott da Santa Casa, conversar sobre doação é desmistificar o tema.

“Precisamos estimular que as pessoas possam expressar o desejo de serem doadoras, sensibilizando dentro da família, porque quem diz o 'sim' para a doação, depois que é constatada a morte encefálica, é a família, e por isso essa conversa e o esclarecimento de todo esse processo, que é muito rigoroso, precisa ser feito sempre em todos os lugares”.

Como parte da programação do Setembro Verde na Santa Casa, as crianças da terapia renal vão participar de uma exposição na Santa Casa, no dia 20 de setembro. Serão expostos desenhos e pinturas que reforçam a importância da doação a partir da perspectiva de quem espera por um órgão.

Davi Elyasafe

"Um doador pode ajudar a salvar até seis vidas e eu procuro passar isso para os meus amigos e meus familiares e já consegui convencer algumas pessoas a se declararem doadoras. Na minha igreja eu sempre falo que Jesus disse que ‘Não há maior amor do que dar a sua vida pelo seu próximo´ e ser um doador de órgãos é dar vida!”, conclui Davi Elyasafe, que também acompanha seu filho na terapia renal. 

 Atualmente 35 crianças aguardam pelo transplante de rim na Santa Casa.