APA do Combu completa 18 anos com ecossistema de várzea e beleza cênica
A Área de Proteção Ambiental da Ilha do Combu completa nesta sexta-feira (13) 18 anos de criação. A Unidade de Conservação, gerida pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio), abriga a Ilha do Combu, famosa pelos restaurantes e pelas apresentações típicas paraenses às margens do Rio Guamá.
Sua área de 15,972 Km2 apresenta ecossistema típico de várzea de grande beleza cênica, com paisagem florestal exuberante, formada por um mosaico peculiar de espécies florestais, além de seus cursos d’água, como os rios Bijogó, Guamá e Acará, o furo da Paciência e os igarapés do Combu e do Piriquitaquara. Sua população gira em torno de 1.500 (mil e quinhentos) habitantes, que vivem basicamente da pesca e do extrativismo dos recursos da floresta, sobretudo o açaí, que pode ser encontrado por toda a ilha.
Através da Lei Estadual nº 6.083 de 13/11/1997, a Ilha do Combu foi reconhecida como área especialmente protegida, com o objetivo de proteger e restaurar a diversidade biológica, os recursos genéticos, as espécies ameaçadas de extinção, bem como a promover o desenvolvimento sustentável, através do ordenamento dos recursos naturais e da melhoria da qualidade de vida da comunidade local.
A APA é incluída em alguns roteiros turísticos fluviais de curta duração, ofertados por operadoras turísticas da região urbana de Belém e os moradores da região urbana de Belém também costumam frequentar o local nos fins de semana, em embarcações particulares.
O território da APA é propício para a realização de atividades de contemplação da natureza, através de caminhadas e passeios de barco. Possui rica avifauna – destacando o papagaio do Mangue ou “Curica” como pássaro mais comum na ilha. Pode-se encontrar também botos, cobras, bichos preguiça, além de diversas espécies de macacos de pequeno porte.
A comunidade científica também é visitante assídua da Unidade de Conservação, dezenas de pesquisas científicas são realizadas anualmente na APA. Processo facilitado pela presença da diversidade biológica na ilha e a proximidade de renomadas instituições de pesquisa e ensino, como o Museu Paraense Emílio Goeldi, Universidade federal Rural da Amazônia e a Universidade Federal do Pará.
O acesso é feito via fluvial, com barcos saindo de vários pontos da orla de Belém, sendo a Praça Princesa Isabel a saída mais utilizada aos fins de semana, numa travessia que dura aproximadamente 30 minutos.