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CULTURA E DIVERSÃO

Tributo a Tonny Brasil lota plateia na Arena Amazônia fecha 27ª Feira Pan-Amazônica

Artistas paraenses homenagearam artistas com repertório do compositor

Por Fabricio Nunes (SEPI)
26/08/2024 08h26

"Essa noite é para lembrar que jamais vamos esquecer o Tonny Brasil. As músicas dele marcaram a vida, não só dos artistas no palco, mas as nossas também", disse Telma Andrade, autônoma e uma das centenas de pessoas presentes na plateia da Arena Amazônia, no show Tributo a Tonny Brasil, no encerramento da 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e Multivozes, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia. 

Já no início da noite, o público já disputava espaço na arena, para assistir vários artistas paraenses unidos, no mesmo palco, para relembrar e celebrar toda a contribuição musical imensurável para a música do Pará. E no camarim, a expectativa era grande para subir ao palco e fazer história.

"Para mim é um privilégio fazer parte dessa homenagem. A música que eu gravei dele, 'Don'’ Cry', tem cerca de vinte e cinco anos e eu nunca ensaiei tantas vezes antes de uma apresentação, justamente porque eu quero fazer o melhor esta noite. Eu fico até emocionado porque ele deixou esse legado maravilhoso pra gente, pelo amigo, pelo músico e profissional que ele foi", disse o cantor e compositor Marcello Wall.

Além dele, minutos antes de um momento histórico na música paraense, Marcello dividia espaço com outros astros da música paraense, como Rebeca Lindsay, Gang do Eletro, Hellen Patricia, Valeria Paiva, Rebeca Lindsay, Edilson Morenno, Kiko Neto, Marcia Rocha, entre outros. 

Para Hellen Patricia, o sentimento é de verdadeira gratidão ao artista. "É uma noite especial aqui na Feira do Livro. Eu estou muito feliz em fazer parte dessa homenagem, porque um dos maiores sucessos da Banda Xeiro Verde, 'Eu não sou tua', foi um presente que ele me deu, para que eu cantasse. Se eu estou aqui até hoje, ele é um dos grandes responsáveis por ter me presenteado com uma música que tem conquistado gerações até hoje", enfatizou.

Outro artista da época e que esteve nos mesmos palcos com o Tonny, Edilson Morenno reforçou que o músico deixou uma obra eterna e merece ser valorizado, além de possibilitar um grande encontro entre amigos e parceiros da música paraense. 

"É uma honra cantar as músicas dele, principalmente nesta feira tão importante para todas as vozes, todas as culturas do nosso estado, da Amazônia. É um momento de celebrar, de reverenciar o maior compositor da nossa música paraense. É um dia ímpar na minha vida, sem dúvidas”, disse.   

Tonny Brasil, nascido Antonio Luiz do Carmo Conceição, foi um compositor, cantor, produtor musical conhecido como o criador do Tecnobrega. Com mais de duas mil músicas compostas, as obras dele foram gravadas também pela Banda Calypso, Joelma, Gaby Amarantos, mas também conquistaram os espaços fora das fronteiras do estado. Artistas nacionais como Reginaldo Rossi e Marília Mendonca gravaram canções como "Leviana" e "Cumbia do Amor", respectivamente, ambas de autorias do compositor paraense.

Nova geração - Apesar de ter ganhado destaque nas décadas de oitenta e noventa, os artistas de décadas seguintes também não ficaram para trás. Rebeca Lindsay, artista com vinte anos de carreira no Pará, contou que ao chegar no estado, também foi conquistada pelas composições de Tonny.  

"Ele é o 'Pai do Tecnobrega' e me sinto lisonjeada de fazer parte dessa homenagem. Todos esses artistas que estão aqui tem uma história com o Tonny. Eu sou de uma geração mais recente e quando cheguei aqui, ele já tinha uma longa história aqui no Pará e sempre admirei", falou. 

Legado - A morte do artista, em janeiro de 2024, teve grande repercussão na mídia local, e o legado continua a influenciar novos artistas em todo o estado do Pará. As canções com letras que falam de amor e de situações comuns da vida marcarão para sempre o público apaixonado por música.