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MÚSICA PARAENSE

Cultura e memória do Pará são celebradas na Feira do Livro ao som de clássicos paraenses

"Papo Cabeça: Pará Nostalgia" destacou a importância da preservação do patrimônio cultural regional com forte participação do público

Por Denise Soares (SECOM)
25/08/2024 12h38

Um bate-papo repleto de memórias afetivas, com direito as famosas marcantes tocadas por DJ Edilson da aparelhagem Mega Príncipe Negro embalou a manhã deste domingo, 25, último dia da Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém. O "Papo Cabeça: Pará Nostalgia" fez o público visitar lembranças, pedir música e dançar muito na Arena Multivozes. A feira é realizada no Hangar - Centro de Convenções e o encerramento é neste domingo, 25. 

A música unindo gerações - Ao som de “Príncipe Negro”, da banda Fruto Sensual, a advogada Lidiane Coelho e o filho Daniel, de 4 anos, dançaram este clássico do brega paraense.

“Pra mim é importante, porque eu morava do Paraná e quando eu voltei tocava Príncipe Negro. É uma coisa bem marcante pra mim, na minha vida pessoal mesmo. A gente tenta aproximar o Daniel com vários tipos de arte, a música, é uma arte, a gente tenta passar pra ele isso também, pra ele ter contato com a cultura do estado dele, da cidade dele. Tentamos ensiná-lo  a preservar e valorizar todas as culturas, através da música também. Para a gente é importante, são valores importantes”, destacou Lidiane.

Marcantes - no bate-papo, DJ Edilson lembrou da infância , quando ganhou uma vitrola de presente do pai, com um ano de idade e aos dez já trabalhava como DJ. Para o artista, a música está no sangue e é um prazer tocar o que ninguém esquece. 

“Fico feliz em saber que a gente consegue mexer com o sentimento das pessoas, com as memórias afetivas, enfim, fazer com que as pessoas recordem o início das suas vidas, como foi o que a gente ouviu, ainda por que são canções que muitas pessoas aprenderam a gostar, ouvindo o pai e a mãe tocando essa voz, enfim, fico feliz em saber que a gente faz parte da história dessas pessoas, através da parelhagem. Hoje eu tenho oportunidade de conhecer pessoas, casais que se conheceram nas nossas festas, nos nossos eventos e que hoje estão trazendo os filhos para conhecer a parelhagem e conhecer a estrutura, mas principalmente para relembrar as músicas que eles tiveram oportunidade de ouvir naquela época. Então é muito bom saber que a gente faz parte da história das pessoas”, compartilhou o DJ Edilson.

Nostalgia - Robinho Santos, conhecido por sua página no Instagram "Nostalgia Belém", com mais de 200 mil seguidores, falou sobre a importância de compartilhar memórias e histórias da cidade, como elemento de identidade cultural. 

“É sempre muito legal de estar difundindo as ideias de falar da memória afetiva, né? Porque a memória afetiva é a memória de cada um, como também a questão patrimonial, né? É um prêmio receber, estar junto aqui no maior evento cultural do Pará. Então, assim, eu fico muito feliz de bater um papo com a galera, de verdade!“ destacou o influenciador.

O sucesso do encontro foi enriquecido por experiências da plateia e muitos hits conhecidos do público, que reforçaram o sentimento de saudade e pertencimento do povo paraense. 

A professora Vanja Paes, de Igarapé-Açu, veio para a Feira do Livro aproveitar as ofertas e ao ouvir os bregas entrou na Arena Multivozes e até pediu música.

“Isso mexe com a gente. Eu já estou passando dos 50, então essas músicas tocam em mim, mexeram com a minha adolescência, minha juventude. Quem não se emociona quando ouve o brega? Foi muito bom participar!”, elogiou a professora.