Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
FEIRA DO LIVRO E DAS MULTIVOZES

Patrimônio literário: A poesia transita do papel às mídias digitais

Durante sua participação na Feira, o poeta fará o lançamento do seu último livro "Manual do Luto", na Arena Multivozes, às 20h

Por Iego Rocha (SECULT)
25/08/2024 09h51

A poesia é um dos gêneros literários mais conhecidos da língua portuguesa e tem ganhado força nas redes sociais. Nos últimos anos, o poeta Fabrício Carpinejar tem utilizado a internet como espaço para falar sobre saúde emocional e lições para a vida. Sua presença está confirmada na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, neste domingo, 25, às 19h, na Arena das Artes, último dia da programação, em Belém. O autor também lançará o livro “Manual do Luto”, na Arena Multivozes, às 20h. 

Nascido em Caxias do Sul (RS), Carpinejar possui mais de 50 obras publicadas. Este ano, o poeta visita a capital paraense para participar da 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, no último dia de programação intitulada Vozes da Memória e do Patrimônio.

“É muito significativo para mim retornar à Belém do Pará. Estive nesta Feira em duas outras oportunidades há mais de dez anos. E a poesia é o patrimônio da língua portuguesa; ela representa o sotaque, a realidade e as peculiaridades de cada região do país. Pelo poeta que sabemos como as pessoas vivem no seu cotidiano mais singelo”, afirma.

Durante sua participação na Feira, o poeta fará o lançamento do seu último livro "Manual do Luto", na Arena Multivozes. A obra trata sobre a morte e os estigmas do luto. “Em Manual do Luto falo sobre a morte e a crença ainda existente do luto como uma doença, entretanto, é para a vida toda. A saudade é o que resta”.

Ao longo de sua carreira, o poeta tem cativado diferentes públicos por gerações, seja pela literatura ou pela atuação nas plataformas digitais, que soma mais de 3 milhões de seguidores no Instagram e 1,7 milhão no TikTok. “O que tem acontecido é ter leitores de diferentes gerações numa mesma família. É o mesmo poeta, escritor e narrador de fábulas e parábolas. O que faço é transpor as pausas da minha poética para os vídeos”, continua.

Para Carpinejar, a poesia é essencial no cotidiano de todos. Através dela o leitor questiona, soluciona e busca práticas que induzem a melhorar as relações interpessoais, diminuir autocobranças e aproveitar mais a vida. “Com a poesia sempre vamos nos aproximar de uma vida mais saudável emocionalmente. E o verso pode salvar uma vida; em três linhas, de repente, você pode alimentar toda uma esperança”.

A poesia é o idioma da infância - Ensinada em salas de aula, os versos que compõem a poesia são intérpretes da imaginação das crianças, com novas palavras e aprendizados. O incentivo à poesia deve continuar e ganhar vida através de histórias contadas, conclui o autor. 

"A poesia é o idioma da infância, o experimento da linguagem. É o sabor da novidade que estabelece comparações com aquilo que [a criança] sabe e de palavras que não se conhecia antes. Deveria haver mais incentivo da poesia a partir da contação de história. A poesia precisa sair do papel e ganhar diferentes versões”, encerra.

Texto: Quezia Dias, Ascom Secult