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EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

Fadep vai implantar programas e projetos sustentáveis para as escolas

Uso de placas solares e reaproveitamento da água da chuva estão entre as ações que devem ser implantadas nas unidades

Por Ericka Pinto (FADEP)
23/08/2024 15h05

Na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes é possível observar as várias ações sustentáveis aplicadas pelos professores nas escolas públicas do Estado. No estande da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), os alunos mostram o que aprenderam com as experiências adquiridas a partir de projetos pedagógicos multidisciplinares.

Para somar esforços às ações de sustentabilidade junto às escolas, uma das missões da Fundação de Apoio para o Desenvolvimento da Educação Paraense (Fadep) será a criação de programas e projetos pedagógicos que incentivem de forma coletiva e individual a participação da comunidade escolar em ações de preservação do meio ambiente. Outra frente de atuação da Fadep, criada para atender as demandas da Seduc tanto em projetos pedagógicos como em infraestrutura das escolas, será a de elaborar estudos para construções sustentáveis nas escolas públicas do Estado. 

De acordo com o presidente da Fundação, Arnaldo Dopazo, o uso de placas solares, reaproveitamento da água da chuva, tratamento da água para consumo, coleta seletiva e biodigestores são algumas das ações que devem ser implantadas. “A Fadep, por meio das suas diretorias de obras e de projetos pedagógicos, tem como missão desenvolver estudos para a elaboração de projetos sustentáveis nas escolas, observando a particularidade de cada unidade escolar, e assim obter a melhor forma de implementação dessas ações”, enfatiza.

Entre as ações ambientais apresentadas pelas escolas durante a programação da Feira do Livro, destacam-se as da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Santa Luzia, por meio do projeto "Escola de Saberes e Ações de Sustentabilidade", coordenado pelas professoras Micheline Cardoso Santos e Elda Sarges. Neste projeto, o tema meio ambiente é trabalhado em várias disciplinas. As atividades envolvem desde discussões em sala de aula com os professores, até ações práticas como a produção de histórias em quadrinhos, cartilhas, poesias e a escolha de um mascote do projeto, chamado Garibu.

O personagem conta a história de um urubu gari, que foi machucado por um garoto e ficou sem o movimento em uma das asas. Além de chamar a atenção para o respeito aos animais, o personagem também aborda a questão do lixo e suas consequências para o meio ambiente.

Segundo a professora Micheline Cardoso, outras ações ainda serão implementadas ao longo do projeto, como a criação de uma horta orgânica e a identificação de espécies de árvores que foram plantadas pelos alunos na escola.

"Os alunos terão a oportunidade de pegar na terra, valorizar a natureza e consumir o alimento que será produzido na horta orgânica. Além disso, teremos um outro momento do projeto em que as árvores plantadas pelos alunos serão identificadas por eles em trilíngue (português, inglês e espanhol). Os alunos plantaram as mudas e hoje eles têm a responsabilidade de regar todos os dias", explica a coordenadora do projeto.

Expressar o respeito e o amor aos animais e desenvolver boas práticas, como a destinação correta do lixo, foi a mensagem transmitida por Adriana Silva, aluna do 8° ano da E.E.E.F.M. Santa Luzia, durante a sua exposição no estande da Seduc. "No início achei que seria difícil criar um poema. Mas depois de me aprofundar sobre o assunto sustentabilidade, percebi que eu era capaz de sensibilizar as pessoas por meio do meu trabalho. Quando eu criei o poema, eu me senti livre, porque no poema eu pude demonstrar, expressar o meu sentimento e isso despertou em mim a vontade inclusive de ser no futuro uma poetisa”, declarou.