Unidade da Sespa realiza atividades em alusão ao Dia Mundial de Combate à Diabetes
Profissionais da Unidade de Referência Materno Infantil (Uremia), vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) concluíram nesta segunda-feira (16) uma série de atividades em alusão ao Dia Mundial de Combate à Diabetes, com o objetivo de alertar os usuários e a comunidade sobre o risco de agravamento da doença e as complicações que podem ser desencadeadas, como cegueira, amputações e falência renal, além da possibilidade de sobreviver com sessões de hemodiálise.
A ação foi também sugerida pela Sespa, a partir da recomendação do tema “Vida Saudável e Diabetes”, adotado para a campanha deste ano pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) juntamente com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, boa alimentação, prática de atividade física e educação em Diabetes melhoram a qualidade de vida e podem evitar complicações da doença. “O nosso maior desafio é conseguir um estilo de vida mais saudável. Esclarecer à população que diabetes não é doença de idoso, orientar os pais para que comecem desde cedo a estimular os filhos à prática de atividade física, a não fumar e a se alimentar de forma saudável, pois é muito mais difícil modificar hábitos em adultos”, explica em nota técnica a coordenadora estadual de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, Sílvia Corrêa.
Na programação temática desenvolvida pela Uremia, equipe formada por estagiários dos cursos de Enfermagem, Nutrição e Psicologia se juntaram aos servidores da Unidade para acolher a população que procurou os serviços de aferição de pressão arterial, mensuração de glicemia capilar Antropometria/Índice de Massa Corporal (IMC) e avaliação nutricional. “Essas ações auxiliam o desenvolvimento da promoção à saúde e contribui para a redução da mortalidade associada à hipertensão arterial e da Diabetes Mellitus”, lembra a médica Fernanda Laredo, que junto com Lena Garcia desenvolveu uma roda de conversa que repercutiu as ações que despertam a atenção das pessoas para o cuidado com a saúde.
De acordo com dados do Sistema do Programa Hiperdia, o Sishiperdia, mulheres com idade entre 55 e 59 anos compreendem um grupo de cerca de 60% dos diabéticos. A faixa etária mais atingida pelo público masculino é de 60 a 64 anos. Embora preocupantes, as estatísticas omitem a taxa de subnotificação de casos, uma vez que há milhares de pessoas que procuram tratamento em rede particular, além daquelas que desconhecem ter a patologia. Por conta disso, o Dia Mundial de Combates ao Diabetes, chama atenção da população para os cuidados com a saúde e a importância do controle dessa doença, conforme alerta a coordenadora do Departamento de Doenças Crônicas da Sespa, Silvia Corrêa.
Para escapar da realidade de um leito hospitalar, é preciso que a população fique atenta à fadiga, perda de peso repentina, sede excessiva, problemas oculares e vontade de urinar com frequência – que são os principais sintomas do diabetes. O atendimento inicial ao portador da doença ocorre nas unidades de saúde do município de sua residência, através do programa Hiperdia. O programa é oferecido em 1.898 UBS espalhadas pelos 144 municípios paraenses, além de 919 estratégias do Programa Saúde da Família (PSF). Para se cadastrar nele, basta ter em mãos um documento de identidade com foto e comprovante de residência. Somente em 2013, 287 novos pacientes iniciaram o tratamento no programa no Estado – 62 pessoas a mais que o registrado no ano anterior.
Em casos mais complexos, os pacientes são encaminhados aos centros de especialidades que na região metropolitana são as unidades de referência da Presidente Vargas e Hospital Barros Barreto. No interior, as referências são os hospitais regionais. A Sespa informa que apoia os municípios em relação à distribuição de material educativo para as campanhas e capacitação dos profissionais de saúde da rede básica para o atendimento e cuidado do portador de diabetes.
Somente casos mais graves e complexos do diabetes tipo I e tipo II (dificuldade de ação da insulina) serão de referência. No Pará, o Hospital Universitário João de Barros Barreto é referência em Endocrinologia e Diabetes, prestando assistência ambulatorial e hospitalar a pacientes que apresentam descontrole e agravamento da doença.
Remédios - Quanto à medicação gratuita para controle do diabetes, são 20 mil farmácias e drogarias privadas credenciadas em todo o país, oferecendo o programa “Saúde tem não preço”, instituído pelo governo federal em 2011. Os remédios podem ser retirados nas farmácias com o selo da Farmácia Popular do Brasil. Para pegar o remédio, a pessoa só tem que levar a identidade, o CPF e uma receita médica que tenha sido avaliada no máximo em 120 dias, independente de ter sido prescrita por um médico da rede pública ou por médico particular. Idosos ou pessoas com dificuldade de locomoção podem ser representados por um responsável com procuração.