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Operação Curupira ultrapassa 500 dias de atuação e prende dois homens por crime ambiental em São Félix do Xingu

Ação fez parte da 38ª fase da operação. Derrubada ilegal incluia uma espécie cujo corte é proibido sem autorização do órgão competente

Por Roberta Meireles (SEGUP)
12/08/2024 17h16

As ações que integram a 38ª fase da Operação Curupira, que já contabiliza 1 ano e meio de atuação, com o objetivo de garantir a preservação ambiental e o combate à criminalidade em regiões identificadas por ilícitos ambientais, resultaram na prisão em flagrante de dois homens, por crimes ambiental e posse irregular de arma de fogo de uso permitido na Área de Preservação Ambiental (APA Triunfo do Xingu), no município de São Félix do Xingu, no sudoeste do Pará, na última quinta-feira, 08.

Durante diligências de fiscalização integrada, os agentes deslocaram-se até dois pontos de desmatamento a 41 quilômetros da Vila Central, quando identificaram sons de motosserra próximo à Vila Fumaça. Ao chegarem ao local identificado, encontraram dois suspeitos praticando ilícitos ambientais previstos no Artigo 39 da Lei 9.605/98 que considera crime o ato de cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente. A derrubada ilegal incluia a espécie Bertholletia excelsa, cujo corte é proibido sem autorização do órgão competente. No local também foram encontrados acampamentos de apoio, duas motosserras e uma espingarda de fabricação caseira, além de toras de madeira prontas para transporte e comércio.

Diante dos fatos, um homem foi autuado em flagrante pelo crime ambiental previsto no artigo 39 da Lei 9.605/98, enquanto o outro, foi preso por posse irregular de arma de fogo  conforme artigo 12 da lei 10.826/03.

Para o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, as ações têm mantido o Pará em contínuo destaque na preservação do meio ambiente, apresentando resultados promissores de acordo com órgãos nacionais de pesquisa, além de seguir com prisões importantes como desdobramentos de ações no enfrentamento à ilícitos ambientais.

“O Sistema de Segurança, junto aos órgãos de fiscalização ambiental, tem atuado fortemente no combate aos ilícitos ambientais há  um ano e seis meses, garantindo a apreensão de inúmeros materiais que ocasionam o desmatamento, desarticulações de garimpos e também prisões importantes. E podemos afirmar que todo esse trabalho, feito sem interrupções desde fevereiro de 2023,  tem resultado na apresentação de dados positivos de acordo com estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Além das ações, nós seguimos capacitando nossos agentes e fortalecendo as estruturas com veículos específicos para uma melhor atuação nas operações ", afirmou.

Operação Curupira - Desde o lançamento, em 15 de fevereiro de 2023, a Operação está atuando com ações ininterruptas a partir de três bases fixas nos municípios de São Félix do Xingu, Uruará e Novo Progresso. 

A ação alcança ainda 15 municípios paraenses incluídos no decreto de emergência ambiental: Altamira, Anapu, São Félix do Xingu, Pacajá, Novo Progresso, Itaituba, Portel, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Uruará, Rurópolis, Placas, Trairão, Jacareacanga e Medicilândia.

Produtividade - De fevereiro de 2023 até o início do mês de agosto de 2024, as ações da Operação Curupira chegam à sua 38ª fase com 1.435 fiscalizações realizadas, 80 prisões, 434 autos de infração,  260 maquinários inutilizados, e ainda, com a apreensão de 194 armas de fogo e 596  munições e 95 garimpos fiscalizados.

Integração - As ações integradas seguem compostas por equipes da Segup, Graesp, Polícias Militar, Civil e Científica, Corpo de Bombeiros Militar e Semas.