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Natea da Policlínica de Tucuruí contribui para desenvolvimento de crianças e adolescentes

Em 2024, unidade garantiu mais de 21 mil atendimentos para pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

Por Ascom (Ascom)
07/08/2024 10h48

As expectativas de desenvolvimento de Pedro, de 10 anos, são marcadas entre o antes e depois da implantação do Núcleo de Atenção ao Transtorno do Espectro do Autismo (Natea), da Policlínica Lago de Tucuruí, no sudeste paraense. Diagnosticado com autismo nos primeiros anos de vida e, já em tratamento na cidade, a rotina do menino estava cercada de desafios a serem superados diariamente, mesmo sem muitos recursos. Em 2022, a notícia de uma nova unidade de saúde, no município, renovou a esperança de sua família.
 
“Eu sempre passava na frente e via o prédio com a placa Natea. Mas foi na inauguração que fui ver do que realmente se tratava. Liguei para uma pessoa que me informou que seria o atendimento de autismo. Confesso que no início fiquei preocupada, porém, depois da consulta se acendeu uma luz”, disse Francinea Borges, tia de Pedro.
 
A autônoma, responsável legal do menino, lembra que a conquista do Natea para a região, abriu possibilidades. “A gente fazia tudo no particular, mas tive muita fé em Deus. Ele acompanhou nossa luta. E, hoje, fazemos parte do Natea. Até chorei. Pedro está se tornando um adolescente”, agradeceu a tia, que desde o diagnóstico do menino, pensou que ele seria um adulto infantilizado.

“Criamos uma ideia que ele seria um menino-bebe. Agora, vemos ele encaminhando para adolescência”, comentou. Emocionada, Francineia relata o desenvolvimento de Pedro. “Antes, ele só tomava achocolatado. Eu tinha de andar com as caixinhas. Mas esse final de semana ele sentou à mesa, e disse que queria tomar café com pão. Ficamos muito felizes. Vemos uma mudança enorme. Ele diz agora que tem de ter rotina. Quer fazer as coisas sozinho. Diz que dá conta. Eu tinha medo de ele se tornar muito dependente de mim. Estou muito feliz com a metodologia dele para pensar. O Natea é uma peça fundamental aqui na terra. Abaixo de Deus, está a Natea para a gente”, comemorou.
 
Mais de 21 mil atendimentos

De janeiro a junho de 2024, o Natea devolveu à sociedade mais de 21 mil atendimentos a crianças e adolescentes com autismo. Foram realizadas 4.851 sessões e 16.241 consultas. O Núcleo oferece atendimento multidisciplinar com aplicação de protocolos com evidências científicas. São fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos que trabalham em conjunto a partir da análise comportamental da criança.

“O núcleo oferta terapia, avaliação e triagem para pacientes com diagnóstico confirmado ou ainda em investigação do transtorno. Atualmente, atendemos 120 crianças a partir dos 2 anos de idade”, explicou Katya Barros, supervisora do Natea.

A neuropsicóloga detalha ainda que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente. “São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos, dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo”, finalizou.

Serviço:

Administrada pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia – Issaa, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Policlínica Lago/ Natea é totalmente pública, com todos os atendimentos sem nenhum custo aos usuários, e funciona na avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica.

Texto de Roberta Paraense