Com 65% concluída, obra do BRT Metropolitano acelera frentes no verão
Serviços garantem uma avenida com calçadas, ciclovias, novas passarelas, iluminação e arborização, com nova pavimentação e sistema de drenagem
A obra avança ao longo da BR-316, aproveitando o período de estiagem na regiãoAs obras do BRT Metropolitano entraram em um ritmo acelerado no verão amazônico, quando as chuvas cessam, com isso, o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), responsável pela execução do projeto, conseguiu avançar com as frentes de trabalho. E, quem passa pela rodovia percebe a abertura de novos desvios, necessários para que as intervenções sejam feitas na pista, deixando trânsito mais lento em determinados horários na BR-316.
“Avançamos para cumprir com o cronograma de obras do BRT Metropolitano. Os transtornos de realizar uma obra em uma rodovia movimentada como a BR-316 são inevitáveis, mas seguimos um planejamento para reduzir esses impactos. Ao final da obra, teremos uma avenida com calçadas, ciclovias, novas passarelas, iluminação e arborização, todo um sistema de drenagem para não haver mais alagamentos, além da pavimentação nova, estações e terminais de passageiros”, detalha Leila Martins, diretora geral do NGTM.
A expectativa é que a via esteja pronta ao final deste segundo semestre e o sistema integrado de transporte funcionando para a COP-30 no primeiro semestre de 2025.
Avanço da obra
No primeiro semestre, a obra alcançou a marca de 65% do total executado. As pistas de concreto, que são os corredores exclusivos dos ônibus do BRT, estão 80% executadas e os túneis, 100% prontos. O NGTM também entregou em junho 5 km de pistas asfaltada e com sistema de drenagem pronta entre os viadutos coqueiro e Ananin. Cinco novas passarelas já garantem mais conforto e segurança à população.
O NGTM construiu quatro túneis, chamados de “passagens interiores”, sendo dois no Terminal de Passageiros de Ananindeua e dois no Terminal de Passageiros de Marituba. Em sua construção foi utilizado um método inovador de “escavação invertida”, por baixo da terra, sem precisar interditar o trânsito. As pistas subterrâneas têm cerca de 120 metros cada e seu pavimento tem 50 cm de espessura, feito com um tipo de concreto resistente, para garantir maior durabilidade. Os túneis serão usados pelos ônibus do BRT que trafegam na pista exclusiva poderem acessar os terminais sem interferir no tráfego de veículos na rodovia.
Outras obras em andamento, que não são vistas pela população, são dos Terminais de Passageiros, que estão 55% executadas. O Terminal de Integração de Marituba fica no km 10 da BR-316, tem duas plataformas e o prédio administrativo, onde também vai funcionar uma Estação Cidadania. Uma das plataformas será para circulação dos ônibus alimentadores, que trarão passageiros de Marituba e também dos municípios de Benevides, Santa Izabel e Santa Bárbara. Já a segunda plataforma será para a circulação dos ônibus troncais, que seguirão em direção a Belém.
O Terminal de Integração de Ananindeua será o maior deles, no km 7 da BR-316. O espaço tem três plataformas (blocos), o prédio administrativo, onde funcionará também a bilheteria, lanchonete, bicicletário e a Estação Cidadania. A primeira e a segunda plataformas servirão para atender aos ônibus alimentadores, e a terceira estrutura para receber os ônibus troncais, que levarão os passageiros até São Brás ou até o centro da capital. Este terminal terá alguns acessos pelo viaduto Ananin, entregue em julho de 2023 pelo NGTM.
Também está finalizado o prédio do Centro de Controle Operacional do BRT Metropolitano, localizado na avenida Augusto Montenegro. Assim que a obra for entregue, todos os sistemas já estarão prontos para funcionar. E esse novo prédio pode se tornar o primeiro espaço público sustentável da Amazônia, dentro dos critérios da certificação LEED, a mais renomada certificação no quesito 'construção sustentável' em todo o mundo.