Em Santarém, HRBA alerta para câncer de pulmão durante Agosto Branco
As estimativas de câncer de traqueia, brônquio e pulmão para o triênio de 2023 a 2025 foram de 32.560 novos casos por ano
Conscientização para prevenção e combate do câncer de pulmão. Este é o objetivo da Campanha Agosto Branco, que durante todo o mês deve incentivar a realização de diversas ações voltadas para o tema. Na sexta-feira (2), o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, no oeste do Pará, promoveu palestra educativa para profissionais, pacientes e acompanhantes.
As estimativas de câncer de traqueia, brônquio e pulmão para o triênio de 2023 a 2025 foram de 32.560 novos casos por ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde.
Os sintomas costumam aparecer já em estágio avançado da doença. Os mais comuns são: tosse (às vezes com sangue), dor ou chiado no peito, rouquidão, falta de ar e infecções persistentes. O diagnóstico pode ser feito por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.
Natural de São Paulo, o Cirurgião Torácico José Pinhata foi quem conduziu a atividade. Ele destaca a importância da prevenção e das campanhas antitabagismo para minimizar o risco.
“O Agosto branco representa a consciencialização da população em relação ao câncer de pulmão. É uma campanha extremamente válida e aborda temas importantes, principalmente a consciencialização da população. O câncer de pulmão acaba sendo um tumor que cresce dentro de um órgão muito volumoso e quando ele começa a manifestar-se, ele já está relativamente avançado”, avalia.
José Pinhata, que atua na região amazônica há 16 anos, considera também, que fatores ambientais passam a ser um dos riscos. O mercúrio, utilizado em garimpos ilegais na região e tem contaminado diversos mananciais, pode ser um deles.
“O principal fator de risco é o tabagismo, mas o câncer também está relacionado à outros fatores como genéticos e hoje, ainda não temos ideia do tamanho do impacto de fatores ambientais como a contaminação dos rios da Amazônia por metais pesados, oriundos do garimpo, conclui o médico.
Serviço - O Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado. A unidade, pertence ao Governo do Estado do Pará, sendo administrada pelo Instituto Social Mais Saúde desde dezembro de 2022, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).