Hospital proporciona encontro de paciente com o filho
Cuidar do lado emocional dos pacientes faz parte do acolhimento diferenciado que o HRPC oferece aos pacientes e seus familiares
Elton Palheta, de 38 anos, é morador de Castanhal e está internado no Hospital Regional Público de Castanhal (HRPC) para tratar uma leucemia linfoblástica aguda. O tratamento do paciente leva à queda da imunidade, por isso ele precisou ficar numa área de isolamento do hospital.
Mesmo durante o isolamento necessário, Elton viveu um momento muito emocionante, quando finalmente pôde se reencontrar com o filho Maelton, de 5 anos. Pai e filho estavam sem se ver pessoalmente há 25 dias. O encontro foi promovido pela equipe multiprofissional do hospital, na área do jardim do HRPC.
O encontro com o filho foi possível porque Elton já cumpriu a primeira etapa do tratamento e a imunidade não está mais baixa, como explica o médico Thiago Casanova, Coordenador da equipe de Clínica Médica.
“Pacientes com câncer, que tendem a ficar em internação prolongada, ficam imunodeprimidos, com as defesas imunológicas muito baixas, e precisam permanecer em restrição de contato pessoal. Como isso afeta muito o psicológico do paciente e, o Elton já havia concluído a primeira parte do tratamento, tendo melhorado a sua imunidade, decidimos promover seu reencontro com o filho, após 25 dias de internação”, explicou.
Cuidar do lado emocional dos pacientes faz parte do acolhimento diferenciado que o HRPC oferece aos pacientes e seus familiares.
“O serviço de psicologia passa diariamente com os pacientes. Sabemos que o lado psicológico de quem está enfrentando uma doença como o câncer, influencia muito na sua recuperação. Quando o paciente está submetido a situações de estresse e ansiedade, a imunidade diminui. E quando está em situação favorável a imunidade melhora. Por isso é fundamental ele estar recebendo um bom tratamento.
O paciente oncológico não adoece sozinho, a família toda adoece, e o hospital tem a preocupação de oferecer um tratamento humanizado. Todos têm acesso ao serviço de psicologia do HRPC”, afirmou o médico, Thiago Casa Nova.
Saudade de casa
Elton descobriu a doença há pouco tempo, mas garante que se sente amparado no Regional.
“Passei 16 dias no municipal e só aqui veio o diagnóstico. A pessoa que mais vejo é a minha esposa que é quem está me acompanhando. Os meus filhos e a minha mãe eu só conseguia falar por chamada de vídeo. Mas aos poucos todos poderão me visitar e isso é muito importante para mim. A saudade é enorme, mas não me sinto desmotivado, mesmo sendo um tratamento prolongado, porque sei que estou no melhor lugar para isso. Deus está no comando de tudo”, conclui Elton.
Texto: Patrícia Baía (Ascom HRPC)
