UTIs Humanizadas do Pronto-Socorro Dr. Roberto Macedo proporcionam melhorias na recuperação dos pacientes
O Pronto Socorro Dr. Roberto Macedo atende, atualmente, crianças e adolescentes com até 14 anos; adultos encaminhados via Regulação Estadual para UTIS e cirurgias geral e vascular
"O carinho e a atenção da equipe de profissionais da UTI fez toda a diferença na alta do meu filho. Agradeço a Deus por ele ter enviado o meu filho para um ótimo hospital, pois aqui ele foi muito bem cuidado pela equipe da UTI Pediátrica. Agradeço o carinho que toda a equipe teve com ele".
O relato de Claudiane Sarmento Leão, do município de Vigia, descreve um pouco a vivência que ela teve quando o filho de 3 anos passou 27 dias internado na UTI Pediátrica do Pronto-Socorro Dr. Roberto Macedo, situado na Augusto Montenegro.
A UTI Pediátrica do PSRM, assim como a UTI Adulto, seguem os conceitos de UTI Humanizada, onde a equipe multiprofissional envolvida no atendimento se preocupa não só com o problema de saúde, mas, também com o bem-estar emocional dos usuários. Por isso permite a presença de familiar, que acompanha toda a assistência à saúde, da admissão à alta do paciente.
Segundo o diretor-geral do PSRM, Carlos Vinícius Ribeiro, a ideia de ter o acompanhante em tempo integral dentro da UTI, junto com o paciente, é justamente para ter melhor qualidade no tratamento, e na resposta do paciente a ele.
"Ter a família sempre por perto, significa dar a ela a oportunidade de acompanhar todo o atendimento do seu familiar por profissionais que ofertam um cuidado humanizado e individualizado. É uma iniciativa simples, mas que faz toda diferença no processo de recuperação do paciente", destaca o gestor.
Conforme informa a psicóloga Clínica do PSRM, Thais Pamplona, a abordagem humanizada da equipe de saúde é fundamental para o processo de recuperação do paciente. No caso de Alex Sandro, a equipe da UTI Pediátrica, ao adotar uma visão integrada do cuidado e focar não apenas na doença, mas também nas necessidades emocionais, psicológicas e sociais do paciente, está alinhada com os princípios do Humaniza SUS, política de Humanização do Ministério da Saúde.
"Essa abordagem humanizada envolve escutar ativamente o paciente e seus familiares, respeitar suas emoções e valores, e oferecer apoio integral. Para Alex Sandro, isso inclui a implementação de estratégias psicológicas para a mãe, ajudando-a a lidar com a situação e, por consequência, proporcionando um ambiente emocionalmente estável para o paciente. Quando a equipe de saúde vê o paciente como um ser humano completo, cria-se uma relação de confiança e colaboração, que pode melhorar a adesão ao tratamento, reduzir o tempo de internação e melhorar os resultados de saúde", enfatiza a psicóloga.
Parte da equipe multiprofissional da UTI /AdultoPara a médica pediatra Patrícia Carvalho, uma das coordenadoras médicas da UTI Pediátrica do PSRM, "uma equipe multidisciplinar atuando de forma coesa, somando saberes, compartilhando o cuidado, não apenas do paciente, mas também do cuidador, oferecendo sobretudo suporte psicológico e sustentação desse familiar durante a internação na UTI, lembra a premissa que somos seres humanos cuidando de outros seres humanos, e esse é o nosso principal objetivo: cuidar sempre, com amor, ofertando dignidade aos que chegam até nosso serviço", destaca a médica.
Sobre o caso do paciente Alex Sandro Leão, a médica informa que a necrólise epidérmica tóxica, doença responsável pelo encaminhamento do paciente ao PSRM- causa vermelhidão, descamação e bolhas na pele, podendo cursar com febre, dores no corpo, descamação de palma das mãos e planta dos pés; além de queda de cabelo e unhas, provocada por infecção ou medicamentos, com lesões acometendo mais de 30% da superfície do corpo, como se o paciente fosse um grande queimado.
Claudiane Leão pontua que, apesar de seu filho ter chegado ao hospital em uma "situação delicada", o atendimento humanizado que o paciente recebeu na UTI Pediátrica, acelerou o processo de recuperação.
"Na nossa UTI Pediátrica, e também na UTI Adulto, além da privacidade de leitos individualizados, o acompanhante permanece 24 horas junto ao paciente. De fato, está comprovado cientificamente, que isso reduz necessidade de medicações sedoanalgésicas, melhora o conforto do paciente e reduz tempo de internação", destaca a coordenadora médica.
A coordenadora de Enfermagem do setor, enfermeira Roberta Alves, reforça o que a coordenadora médica destacou. "Coordenar uma equipe com preceitos em humanização é ensinar o outro a cuidar como gostaríamos de ser cuidados. É atender com o coração, tendo a empatia sempre em primeiro lugar. É entender que cada mãe ou acompanhante precisam, além do tratamento clínico, de um ambiente calmo, tranquilo e acolhedor, é isso que a equipe da UTI pediátrica tanto de enfermagem quanto multiprofissional proporciona aos nossos usuários e familiares, "enfatiza a gestora.
O paciente Alex Sandro teve alta nessa segunda-feira (22), e isso foi motivo de muita alegria para a equipe que o assistiu. Estamos com a sensação de dever cumprido. De que estamos no caminho certo. Ouvir do acompanhante, que apesar da angústia e do medo de perder seu familiar, que o cuidado ofertado tanto para a criança quanto para a mãe durante a internação prolongada na UTI, foi capaz de amenizar o sofrimento, aliado ao fato de que sua permanência na unidade 24 horas por dia como acompanhante , ajudando no cuidado do filho com a equipe, a fez sentir mais confiante na recuperação, além de se transformar em protagonista desse cuidado também, fez a equipe perceber que estamos no caminho certo", ressalta coordenadora médica da UTI pediátrica.
PS Dr. Roberto Macedo
O Pronto-Socorro Dr.Roberto de Macedo, unidade hospitalar administrada pelo Instituto ACQUA em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Estado do Pará (Sespa), tem 28 mil metros quadrados de área, estruturada para atendimento de urgência e emergência 24 horas à população que faz parte do perfil assistencial da unidade.
Perfil assistencial e área de abrangência do atendimento
O Pronto Socorro Dr. Roberto Macedo atende crianças e adolescentes com até 14 anos incompletos (13 anos, 11 meses e 29 dias), na área que compreende a Região Metropolitana de Belém (RMB), sobretudo dos bairros do entorno, como Bengui, Mangueirão, distritos de Icoaraci e Outeiro, sem necessidade de encaminhamentos da Atenção Básica.
A unidade de saúde também presta assistência a esse perfil de usuário (crianças e adolescentes) encaminhados para tratamento no hospital, enquanto referência pediátrica. Outro perfil assistencial do PS, diz respeito ao atendimento de adultos encaminhados via Sistema Estadual de Regulação (SER) para leitos de Terapia Intensiva (UTI) em tratamento clínico, além de cirurgias das especialidades médicas, de cirurgia geral e vascular.
Texto: Joelza Silva
