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SEGURANÇA PÚBLICA

Segup e Ministério promovem 'Business Inteligência' para agentes da segurança

Capacitação, em Belém, foca no combate do crime organizado, lavagem de dinheiro e ocultação de bens a partir das novas técnicas e tecnologias

Por Walena Lopes (SEGUP)
22/07/2024 11h55

Com objetivo de capacitar e qualificar os agentes que atuam nas agências de inteligência do Estado, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal, em parceria com Ministério de Justiça e Segurança Pública (MJSP), realizou, na manhã desta segunda-feira, 22, a cerimônia de abertura da 27ª edição do curso de Business Intelligence aplicado à segurança pública. O evento aconteceu no auditório da Delegacia Geral de Polícia Civil, em Belém.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, abriu o ato e destacou a importância das agências de inteligência para as ações de segurança desenvolvidas no estado.

Secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado: "Formação garante atuações mais estratégicas", diz ele “Os três pilares do nosso trabalho são Investimento, integração e a inteligência, por tanto, para nós é de fundamental importância capacitar e qualificar esses profissionais, fortalecer a nossa equipe no âmbito da inteligência para que possamos combater com técnica e precisão o crime organizado. Essa formação é de suma importância, visto que o investimento nos setores de inteligência garante uma ação mais estratégica e cirúrgica no enfrentamento à criminalidade, prova disso é que de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública o nosso estado foi um dos que mais investiram na área da inteligência e também um dos quatro que mais reduziu as mortes violentas no país. Isso nos mostra o quanto o caminho que estamos traçando é assertivo e sério, pois segurança se faz com técnica e de forma segura, sendo esse o caminho mais adequado para neutralizar e combater as ações de grupos criminosos no nosso estado”, afirmou Ualame Machado.

Business Inteligência (B.I)

A formação é oferecida aos agentes do Pará, pela segunda vez, e dispõe a versão atualizada das ferramentas B.I, adaptadas ao universo de dados de segurança pública, com o intuito de desenvolver a capacidade técnica para a utilização dessas ferramentas. Com elas, é possível a criação mais elaborada e estratégica de planos de ação por meio da conexão de dados.

Secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, André Costa (à direita)O secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, André Costa, ressalta a continuidade da qualificação dos agentes, não só do Pará, mas de outros Estados da federação para o intercâmbio de dados e o uso da inteligência e tecnologia para o enfrentamento ao crime organizado. 

“Essa é a segunda edição no Pará do curso de inteligência promovido pela Senasp, Mistério da Justiça, em conjunto com a Segup, por meio da Secretaria de Inteligência Análise Criminal, que tem como finalidade fazer a promoção da divulgação de produção do conhecimento e reunião de profissionais de diversos órgãos que compõem o Sistema de Segurança Pública, inclusive, de diversas unidades federativas. Nessa edição, nós temos profissionais integrantes de pelo menos seis unidades federativas como; Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Alagoas e Rondônia. Nosso intuito é de atualizar aquilo que vem sendo produzido com relação ao combate ao crime organizado, lavagem de dinheiro, ocultação de bens, mas principalmente,  sobre as novas técnicas de inteligência,  investigação e de prevenção com relação ao crime organizado em suas diversas perspectivas, mas principalmente com relação às tecnologias avançadas que são utilizadas por esses criminosos”, disse o titular da Siac. 

Ferramenta
O curso será ministrado pelos professores vinculados ao MJSP, por meio da Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública em parceria com a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas. Com aulas expositivas, discursivas e exercícios teóricos e práticos, serão expostos temas como fundamentos de b.i, modelagem de dados de b.i, elaboração de painéis e relatórios, publicação de painéis, relatórios e estudo de caso.

Participam da formação mais de 30 alunos, entre eles agentes de segurança do estado do Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Rondônia e Alagoas.

Para o instrutor do curso, Roberto Zainan, o objetivo do curso é, sobretudo, trabalhar e analisar as conexões dos dados e informações aliadas a tecnologia para a elaboração de estratégia no âmbito da segurança pública.

“O objetivo desse curso de Business Intelligence para a Segurança Pública é mostrar como ferramentas tecnológicas podem ajudar a cruzar dados e informações relacionadas à segurança pública, como por exemplo, ocorrências criminais, e dar uma visão para os agentes de segurança de como enxergar esses dados com viés de inteligência e tentar descobrir a partir disso algumas informações relevantes para sua atuação. Esse tipo de análise de inteligência permite direcionar ações e políticas de segurança pública” pontuou. 

Letícia Campos, que atua na inteligência da polícia civil do Distrito Federal, é uma das alunas que vieram de outro estado para participar da formação do curso. Para ela a troca de informação e a oportunidade de estreitar as relações com os demais estados do Brasil ajuda no trabalho minucioso feito pelas agências de inteligência.

“Esse curso, pensando somente na parte técnica, já é bastante importante, porque é uma ferramenta a mais para conseguir analisar vários dados que a gente recebe atuando na inteligência. Além disso, o networking, que nós conquistamos, contatos em outros Estados, conhecer os colegas, descobrir como outras polícias trabalham a inteligência em cada realidade de cada região, é sempre muito engrandecedor para nós”, ressaltou.