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Em Mosqueiro, Estado fortalece orientação e fiscalização para coibir uso de pipa com linha cortante

Prática comum durante o período de férias escolares, empinar pipa usando linhas com cerol é proibido por lei no Pará, por representar risco de morte

Por Giovanna Abreu (SECOM)
13/07/2024 17h17

Policiais militares apreenderam rolos de linhas cortantes, que representam uma ameaçaNo pórtico de entrada da Ilha de Mosqueiro, distrito de Belém, o governo do Estado já iniciou as ações destinadas a reforçar a orientação e fiscalização para coibir o uso de linhas cortantes (com cerol) para empinar pipas. Uma das diretrizes da Operação Verão 2024 é fortalecer o combate ao uso dessas linhas, proibido por lei no Estado desde 2022, já que podem provocar ferimentos letais.

"Atuamos de forma preventiva, que é primordial para que o veranista consiga desfrutar de um bom verão, tranquilo e com segurança. Fazemos entregas de informativo, orientamos sobre a ação judicial que impede som automotivo em toda a orla e ressaltamos a questão da linha encerada, conhecida como linha chilena, para evitar acidentes", informa o tenente-coronel da Polícia Militar Agnaldo Almada, que coordena a ação integrada no pórtico.

A encarregada de segurança Eliana Braga, acompanhada de sua filha Tatiane, 11 anos, foi uma das pessoas orientadas pelos policiais militares. "Eu vejo de uma maneira muito positiva iniciativas como essa. É muito legal empinar pipa, mas para isso não precisa usar linha encerada, o que pode tornar a brincadeira perigosa. A gente quer se divertir com segurança; tem que aceitar as regras. Ver esse trabalho de orientação e saber que tem fiscalização nas praias nos deixa muito tranquilos para curtir o verão", diz Eliana.A ação preventiva do Estado reforça a proibição legal do uso de linhas cortantes em pipas

As praias com maior movimentação na ilha, como Murubira, Chapéu Virado e Farol, são os principais pontos da fiscalização, de acordo com o tenente-coronel Renato Brandão, comandante do 25° BPM, instalado em Mosqueiro. "As linhas preparadas artesanal e industrialmente podem causar ferimentos e lesões graves, a depender do corte, e até ocasionar a morte das pessoas. Caso identificado material irregular, a gente faz o recolhimento desses materiais para, a posteriori, serem enviados para os órgãos competentes para fazer a destruição", explica o comandante.

Além do risco de ferimento em pessoas que entram em contato com a linha, o fornecimento de energia pode ser prejudicado se as linhas atingirem a rede de distribuição.

Punições - A Lei Estadual nº 9.597/2022 proíbe a posse, fabricação e comercialização de linhas cortantes com cerol (vidro moído), linha chilena e similares, independentemente da aplicação de cerol. O descumprimento acarreta ao infrator, quando pessoa física, o pagamento de multa no valor de R$ 50,00. Se for menor, os pais ou responsáveis responderão pelo ato. O estabelecimento flagrado vendendo linha cortante será autuado, podendo ser multado em até R$ 5 mil.

A Operação Verão 2024, coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, em parceria com os órgãos municipais, mobiliza mais de 5 mil agentes.

Em Mosqueiro, mais de 400 profissionais reforçam o efetivo na ilha, com o objetivo de garantir mais tranquilidade e a ordem pública em um dos destinos mais procurados pelos paraenses e turistas no mês de julho.