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Ophir Loyola destaca a importância da prevenção do câncer de cabeça e pescoço

 Doença tem uma taxa de 90% de cura, caso seja diagnosticada em fase inicial

Por Leila Cruz (HOL)
11/07/2024 18h58

O Hospital Ophir Loyola (HOL) realizou, nesta quinta-feira (11), uma programação alusiva ao “Julho Verde” - Campanha Nacional de Prevenção e Conscientização do Câncer de Cabeça e Pescoço. Todos os anos, o hospital adere à mobilização desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) junto à Associação de câncer Boca e Garganta (ACBG). Profissionais, estudantes e pacientes laringectomizados se reuniram no auditório Luiz Geolás para debater a importância do diagnóstico precoce, desafios e avanços no tratamento da doença.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta mais de 39 mil novos casos em 2024, incluídos nesse total os tumores de boca (cavidade oral), laringe e tireoide. A doença tem uma taxa de 90% de cura, caso seja diagnosticada em fase inicial. Porém, cerca de 70% dos casos chegam em estado avançado para o tratamento. A realidade pode trazer como consequência a perda de parte das faces e o risco de perder a voz natural em caso de câncer de laringe.

O câncer de cabeça e pescoço é formado por grupo de tumores malignos que se manifestam na boca, faringe, laringe, fossas nasais, seios paranasais, glândulas salivares e tireoide. Os principais fatores de risco são o tabagismo, o alcoolismo, a exposição prolongada à luz solar e à agentes oncogênicos, como vírus Epstein-Baar (EBV) e Papilomavírus Humano (HPV). Feridas na boca que não cicatrizam, sangramentos, caroços, verrugas, dificuldade para engolir, rouquidão, emagrecimento sem causa definida, são sinais de alerta e um médico deve ser consultado.

Durante depoimento, o paciente William Cruz contou que foi submetido à cirurgia para retirada de laringe há cinco anos, ele faz uso de laringe eletrônica. O dispositivo permite a emissão de sons através da vibração da musculatura do pescoço logo no pós-operatório, facilitando a comunicação dos pacientes. “Queria conscientizar as pessoas de todo o Brasil, pois o que causou isso em mim foi o cigarro e a bebida. Muitas pessoas falavam para eu parar de fumar, de beber e eu não dava bola. Aconteceu isso, mas hoje estou bem graças ao tratamento.”

O Hospital Ophir Loyola oferta tratamento cirúrgico e multidisciplinar. A equipe de fonoaudiologia é responsável por fazer a reabilitação vocal, com voz esofágica e laringe eletrônica. O acompanhamento ocorre à beira-leito, no pré e pós-operatório e  no ambulatório para a recuperação das funções perdidas. 

“Aplicamos exercícios e terapias específicas para que esses pacientes possam desenvolver função de voz, deglutição, pronúncia, mastigação e tenha qualidade de vida. É um trabalho positivo, que reduz o tempo de internação e, consequentemente, o custo do hospital com dieta enteral e hotelaria, assim como diminui a necessidade de uso de medicamentos”, informou a fonoaudióloga, Marilu Wakimoto.

“A campanha nacional 'Julho Verde' é realizada desde 2019 no hospital. A equipe ‘abraçou’ a causa de forma voluntária no sentido de contribuir com a prevenção do câncer de cabeça e pescoço por meio de atividades educativas com distribuição de material informativo e realização de palestras. E temos mobilizado os servidores e pacientes com intuito de serem multiplicadores de informações sobre a prevenção desse câncer”, concluiu a fonoaudióloga.