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Parque do Utinga encanta na 1° Copa Amazônia de Remo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/10/2017 00h00

O Parque Ambiental do Utinga, um recorte da Amazônia no meio da capital paraense, é um dos grandes tesouros de Belém, devido a sua grande biodiversidade. O espaço de lazer de muitas pessoas agora se torna mais uma praça esportiva de Belém, mesmo com as obras em andamento do prolongamento da avenida João Paulo II. Neste domingo (29), o lago Água Preta recebeu a I Copa Amazônia de Remo, reunindo cerca de duas mil pessoas, além dos principais clubes da modalidade do estado e do país.

“Aqui é muito agradável. Já temos corredores, ciclistas e uma galera fazendo trilha. Trazer a regata valoriza ainda mais o parque. Trouxe toda a família, estamos encantados, a vontade é de ficar conhecendo todo o resto”, brincou o torcedor Luiz Gonçalves.

Remo, Paysandu, Associação Guajará, Ciaba (Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar) e Tuna Luso Brasileira foram os anfitriões da competição, que recebeu a participação de Vasco, Flamengo, Botafogo, os três grandes clubes de regatas do Rio de Janeiro, e Francisco Martinelli, de Santa Catarina, colocando a natureza do espaço em sintonia com o esporte náutico.

“O Parque Utinga procura, cada vez mais, ser uma síntese da Amazônia numa cidade. A Amazônia é muito fértil na produção de mitos, então, vamos permitir que ela seja, também, produtora de atletas do mesmo tamanho de sua dimensão. É possível ter uma relação de construção com a natureza e este evento mostra isso”, destacou o governador Simão Jatene.

Mais de 70 atletas participaram das 11 provas nas modalidades single e double skiff, com distância de até mil metros. Todos puderam comprovar a qualidade do lago Água Preta para a prática do esporte, o que traz a expectativa de dias melhores ao remo do Pará.

“O que vocês têm aqui no Parque Utinga é o que está em mote na Federação e no Comitê Internacional: preservação do ambiente nos locais de competição. O Utinga é uma joia bruta que precisa de lapidações para se firmar como um grande celeiro de atletas, e, com certeza, será uma abertura para sediar eventos nacionais e internacionais”, afirmou Marcos Polchowicz, presidente em exercício da Confederação Brasileira de Remo (CBR).

Uma das atrações do evento, Fabiana Beltrame, primeira brasileira a ser campeã mundial de remo, em 2011, espera que o Parque do Utinga possa receber uma raia olímpica em breve para que os atletas locais tenham condições de evoluírem.

“O lago não deixa a desejar em nada a lugares internacionais que já competi. Com as estruturas necessárias, será um excelente ponto de treinamento e de desenvolvimento da modalidade. O remo é muito ligado à natureza, por isso é de interesse nosso a preservação. Aqui o rendimento dos atletas saltará”, disse Fabiana Beltrame.

A expectativa é que o espaço receba infraestrutura, com garagem para os barcos, rampa para as águas e segurança para que os atletas não precisem mais se arriscar nos treinos matinais na baía do Guajará, que possui um grande fluxo de embarcações e forte maresia.

“Mesmo treinando na baía no Guajará, nós conseguimos convocações e pré-convocações para a seleção brasileira nos últimos anos. Agora, poderemos aumentar o nosso rendimento e entrar de vez para o cenário nacional. Hoje estamos evoluindo o esporte no Pará”, disse Ulisses Sereni, organizador do evento e diretor náutico do Paysandu.

O Parque Ambiental do Utinga foi criado em 1993 para preservar a biodiversidade do local. Os lagos Água Preta e Bolonha ocupam, juntos, quase a metade do Parque do Utinga, somando cerca de 500 hectares de lâmina d’água e são responsáveis pelo abastecimento de 70% da população da região metropolitana de Belém.

“A realização deste evento representa o crescimento do esporte no Pará. Reforçar o Parque do Utinga como uma praça esportiva é um investimento no rendimento dos nossos atletas. Além disso, temos o incentivo do uso público e a conservação do espaço”, ressaltou Renilce Nicodemos, secretária de Estado de Esporte e Lazer.