Turismo na Amazônia Legal é tema de audiência pública em Brasília
A Secretaria de Estado de Turismo do Pará (Setur) participa de audiência pública sobre as dificuldades que o setor de turismo vem enfrentando na Amazônia Legal Brasileira realizada pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), nesta quinta-feira (26), às 10h, no plenário 15, do anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).
A audiência atende a um requerimento da deputada federal Simone Morgado, e contará com a presença do secretário Nacional de Políticas de Turismo, Junior Coimbra, representando o Ministério do Turismo (MTur). A Setur será representado pelo secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes, acompanhado do coordenador do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo no Pará (Prodetur), Álvaro do Espírito Santo.
“As políticas públicas devem contemplar sustentabilidade social, com a implantação de infraestrutura básica de acessibilidade, inclusão social, destacando o modus vivendi das comunidades indígenas e populações tradicionais, a sustentabilidade econômica, identificada pelo crescente interesse de mercados consumidores mundiais, a sustentabilidade ambiental, imperiosa para preservação e conservação do bioma Amazônia e a sustentabilidade institucional, com a participação das instâncias de governança regional que promovam ações interestaduais e internacionais”, afirma, requerimento, a deputada Morgado.
Prodetur - Os recursos do programa totalizam US$ 44 milhões, em contração de empréstimo do Governo do Pará junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), para investimentos em projetos de infraestrutura e saneamento básico, fortalecimento da gestão, estratégias de comercialização, estratégias de produtos turísticos e gestão ambiental em município das regiões de Belém, Marajó e Tapajós. O Prodetur foi criado pelo governo federal e é desenvolvido pelo MTur para intermediar a captação de recursos para o desenvolvimento do setor, como atividade de melhoria da qualidade de vida da população local.
Segundo o Adenauer Góes, o financiamento do BID “é o primeiro empréstimo efetivo destinado para o turismo no Pará, um ganho para o Estado e que abrirá portas significativas para a atividade”. Conforme carta-consulta apresentada ao BID, os recursos do Prodetur vão priorizar investimentos na região do Marajó, com metade do montante (US$ 22 milhões), sendo US$ 11 milhões destinados para infraestrutura e serviços.
A região turística do Tapajós receberá mais de US$ 15 milhões e Belém, quase US$ 7 milhões. Os investimentos contemplam, além da infraestrutura, produtos turísticos, comercialização e fortalecimento. Dos US$ 44 milhões, 60% são do BID e 40%, a contrapartida do governo do Estado.
O Prodetur faz parte do trabalho conjunto entre representações do poder público e iniciativa privada para tornar o Pará destino turístico líder na Amazônia até 2020, a partir das diretrizes do Plano Ver-o-Pará - Plano Estratégico de Turismo do Pará, que define como prioridade seis regiões turísticas (Belém, Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia Tocantins e Xingu) e cinco segmentos a serem comercializados: natureza, cultura, sol e praia, eventos e negócios.