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HRBA alerta sobre melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele

Entre janeiro e maio de 2024, a unidade realizou 251 consultas oncodermatológicas, 200 cirurgias dermatológicas e 169 biópsias de pele

Por Weldon Luciano (HRBA)
01/07/2024 17h48

O melanoma é o tipo de câncer de pele mais agressivo que existe e mobiliza profissionais do país inteiro sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, temas que foram destaque no Simpósio do Grupo Brasileiro de Melanoma, realizado em Santarém, no oeste do Pará, no último sábado (29), e que contou com a presença da equipe do Hospital Regional do Baixo Amazonas Dr. Waldemar Penna (HRBA).

O evento aconteceu no auditório da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Referência em ensino e pesquisa no interior do estado, o HRBA atua no diagnóstico e tratamento contra o câncer. Integrantes da equipe médica da unidade estiveram presentes: Marcos Fortes (cirurgião oncológico), Mariana Cardoso (cirurgiã oncológica) e Kalysta Borges (oncologista clínica).

“Foram apresentados toda a parte de diagnóstico e tratamento de melanoma. Todas as novidades com a imunoterapia, terapia alvo, ou seja, assuntos de extrema abrangência e de altíssimo impacto que foram abordados de maneira muito produtiva”, destaca Marcos Fortes

O melanoma tem uma grande capacidade de invasão provocando metástase, com um custo de tratamento muito alto. Segundo Marcos Fortes, são tratamentos que evoluem para a necessidade cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

“É um assunto que o mundo se dedica a estudar, não só pela agressividade da doença, mas pelas várias forma de se tratar, inclusive, desenvolvendo terapias que a gente não pensaria que fossem possíveis de realizar anteriormente, como algumas vacinas específicas com ativação imunológica para o melanoma”, diz o médico.

Entre janeiro e maio de 2024, a unidade realizou 251 consultas oncodermatológicas. No mesmo período, foram realizadas 200 cirurgias dermatológicas e 169 biópsias de pele. Biópsia do Linfonodo Sentinela e Perfusão Isolada de Membro estão entre os procedimentos feitos pelo Hospital.

O primeiro consiste num procedimento cirúrgico usado para determinar se houve disseminação do melanoma. São removidos um ou mais linfonodos para verificar a existência de células cancerígenas. No segundo, há o isolamento da circulação regional do membro com doença da circulação sistêmica, possibilitando, desse modo, a administração de uma dose de quimioterapia 10 a 25 vezes superior à dose máxima de uma sessão de quimioterapia convencional, e sem os correspondentes 

Prevenção - O mês de julho faz parte do verão amazônico, período em que as temperaturas ficam mais altas. Com os dias mais quentes e ensolarados, a procura por praias e balneários aumenta, onde grande parcela da população fica exposta. O risco também é elevado para quem exerce atividades ao ar livre, sejam elas de trabalho ou recreativas. Kalysta Borges, oncologista médica, ressalta que a exposição prolongada deve ser evitada.

“Em relação à prevenção do câncer de pele, alguns itens são extremamente importantes, como evitar exposição prolongada ao sol entre 9 e 17h. Há uma intensidade muito alta de sol aqui nessa região, diferindo de regiões mais frias. Lembrar de procurar lugares com sombra, usar a proteção adequada, como roupas com proteção ultravioleta, bonés, chapéus de abas largas, óculos escuros, todos com proteção ultravioleta. Utilizar sombrinhas, guarda-sóis e barracas. Aplicar o filtro solar ao se expor ao sol com fator de proteção no mínimo de 30”, explica Kalysta.

Sobre o diagnóstico, os sintomas podem incluir um novo nódulo anormal ou uma mudança em uma pinta existente. Os melanomas podem ocorrer em qualquer parte do corpo. "A proteção da pele deve ser um hábito desde criança, por conta do efeito cumulativo das lesões de pele. Pintas com bordas irregulares, ter mais de uma cor de pinta, a mudança de característica das lesões já existentes também são motivos para ficar atento. Vale lembrar que a proteção pode salvar lembrando que o câncer de pele é o câncer mais incidente no nosso país”, conclui a oncologista.

Ensino e pesquisa - O Hospital Regional do Baixo Amazonas é um centro formador de profissionais, reconhecido e certificado pelos ministérios da Saúde e da Educação desde 2014. Oferta Residência Médica em 11 especialidades — Cirurgia Geral, Clínica Médica, Medicina Intensiva, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Urologia, Anestesiologia, Ortopedia e Traumatologia, Medicina da Família, Oncologia Clínica e Neurocirurgia —, além das duas residências multiprofissionais para as áreas de Psicologia, Fisioterapia, Nutrição, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Serviço Social e Farmácia. Os programas são supervisionados pela Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP) do Hospital em parceria com a Universidade do Estado do Pará (Uepa).

Serviço - A unidade leva atendimentos de média e alta complexidade a uma população de 1,4 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios do Oeste do Pará, e presta serviço 100% referenciado, atendendo à demanda originária da Central de Regulação do Estado.

O hospital pertence ao Governo do Pará, sendo administrado pelo Instituto Social Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e fica localizado na Avenida Sérgio Henn, nº 1100, bairro Diamantino, em Santarém.