Capacitações sobre tuberculose alertam para necessidade de manter o tratamento integral
Profissionais de várias regiões do Estado receberam no auditório da Sespa informações de servidores do Ministério da Saúde
Profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde (APS) participaram de cursos voltados ao manejo da tuberculose: vigilância do óbito com menção da doença em Belém e de atualização em manejo clínico da tuberculose em adultos. As capacitações ocorreram em sequência no auditório da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), na capital paraense, mediante parceria com a Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose e Micoses do Ministério da Saúde.
Segundo a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Sespa, Lúcia Helena Monteiro, o objetivo das capacitações é atualizar os conhecimentos dos profissionais em relação às novas recomendações do PNCT (Programa Nacional de Controle da Tuberculose) para o manejo da doença no Brasil. Ela destacou ainda que a atualização é importante para o atendimento e cuidado com a pessoa com tuberculose, desde a identificação da doença até o acompanhamento.Os participantes aproveitaram para esclarecer dúvidas sobre o atendimento a pacientes com tuberculose
Lúcia Monteiro disse ainda que todo o diagnóstico e tratamento da tuberculose é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Por isso, a Sespa está capacitando os técnicos municipais para que todos os paraenses acometidos pela tuberculose tenham o diagnóstico em tempo oportuno, bem como o tratamento integral, aumentando o índice de cura e evitando óbitos”, reforçou.
Pontos essenciais - Os cursos tiveram como facilitadoras Isabela Heráclio, Tiemi Arakawa e Gisela Unis, do Ministério da Saúde, que foram unânimes em chamar a atenção dos participantes para a necessidade de compartilhar o conhecimento com os demais profissionais em suas respectivas regiões.
Os técnicos também reforçaram a importância do tratamento integral do paciente com tuberculose, que dura seis meses e deve ser mantido até sua conclusão, sob o risco de o paciente desenvolver formas mais resistentes se houver o abandono do tratamento.
Também foram abordadas as metas propostas por organismos internacionais de redução em 90% os casos de tuberculose, e em 95% as mortes pela doença até 2035.
Facilitadores do Ministério da Saúde atualizaram as informações De acordo com o Ministério da Saúde, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria (bacilo de Koch). Afeta principalmente os pulmões, e a tosse (seca ou com secreção) é seu sintoma mais conhecido. Afeta especialmente populações em situação de vulnerabilidade.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o Pará registrou 4.995 casos de tuberculose em 2022; 5.006 em 2023 e 1.049 casos da doença em 2024, até o momento. Em relação às mortes causadas pela doença, o Estado registrou 296 óbitos em 2022 e 335 em 2023.