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Em evento sobre tecnologia para a pecuária, Adepará apresenta programa de rastreabilidade de bovinos e bubalinos

A implantação desse sistema no Estado foi um dos assuntos debatidos durante evento realizado em Santa Catarina

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
26/06/2024 15h56

A implantação do Sistema de Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos, que está em curso no Estado do Pará, foi um dos assuntos debatidos durante o evento “Soluções Tecnológicas para Rastreabilidade e Sustentabilidade na Pecuária”, realizado pela MSD Saúde Animal, uma das maiores empresas de medicamentos e serviços veterinários do mundo, em Joinville, no Estado de Santa Catarina.

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) participa do evento representada pelo diretor de Defesa e Inspeção Animal, Josino Santos; pelo diretor administrativo e financeiro, Jefferson Oliveira, e pela gerente da Unidade de Cadastro, Controle e Rastreabilidade Animal, Barbra Bezerra Lopes.

A fiscal estadual agropecuária foi uma das convidadas da mesa de debates “Rastreabilidade - Desafios e oportunidades para implementar”, que contou com representantes do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e The Nature Conservancy (TNC). 

Barbra Bezerra Lopes, da Adepará, detalhou o porgrama de rastreabilidade que está sendo implantado no Pará

Na oportunidade, Barbra Bezerra apresentou as etapas de implementação do Programa de Integridade da Cadeia da Pecuária, que tem como meta identificar individualmente, por meio de brincos e bottons, todos os bovinos e bubalinos movimentados para abate, cria, recria, engorda, leilões e exportação, até dezembro de 2025. A médica veterinária destacou as visitas técnicas da equipe de fiscais agropecuários da Agência de Defesa à Austrália e ao Uruguai, países que possuem sistemas avançados de identificação eletrônica dos rebanhos.

“Nós pretendemos implementar um sistema de rastreabilidade eficaz e robusto, por isso,  visitamos no primeiro semestre deste ano países que já possuem o sistema de rastreabilidade consolidado. Estivemos na Austrália, que possui um rebanho de 28 milhões de bovinos, uma quantidade muito próxima da nossa de animais, que é de 26 milhões. De lá, trouxemos a experiência de um sistema de rastreabilidade que foca no registro de localização e movimentação dos animais, tendo como ponto central o código das propriedades”, frisou.

Com um rebanho de 11,9 milhões de cabeças e 18 anos de um sistema de rastreabilidade consolidado, com foco na sanidade do rebanho, a experiência do Uruguai chamou a atenção da Adepará. Lá, o sistema de rastreabilidade é integrado, possui compartilhamento de informações entre governo, indústria e produtores.

Visita dos técnicos da Adepará ao Uruguai para conhecer o sistema de rastreabilidade

“Essa transparência o Pará já trouxe desde a publicação do decreto que implantou o sistema, pois ele criou um conselho gestor para desenvolver a política pública da rastreabilidade que tem representantes do Estado, da sociedade civil e da indústria. Mas ambas as experiências foram enriquecedoras e o nosso projeto vai buscar o que de melhor esses países já fazem e adaptar para as particularidades de um Estado inserido no contexto da Amazônia e com tanta viabilidade para a pecuária como o Pará”, enfatizou a veterinária.  

Durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em novembro de 2025 em Belém, o Pará já terá  implementado o programa, que é considerado pioneiro, porque integra questões sanitárias e controles ambientais. Para a Adepará, a identificação individual faz parte do futuro da pecuária no País, permitindo maior transparência à cadeia produtiva, viabilizando a adoção de mais recursos tecnológicos pelos pecuaristas, não somente para identificação, mas também para gestão e saúde animal.  

Técnicos da Adepará conheceram o sistema de rastreabilidade da Austrália

“Produzir já não é mais suficiente, é necessário produzir cada vez mais e melhor. Melhor para a cadeia, para o meio ambiente e para o consumidor. O produtor deve se modernizar e a ações de defesa sanitária também, juntos devemos seguir as tendências do mercado internacional, investir na sanidade do nosso rebanho focando na qualidade do produto final, que é a carne, e na saúde do consumidor”, ressaltou Josino Santos, diretor de Defesa e Inspeção Animal da Agência de Defesa.

Além da mesa de debates, a equipe da Adepará também visitou uma fábrica que produz brincos utilizados na identificação dos animais, conheceu o trabalho do Icasa e ainda uma propriedade com atividade pecuária, onde os técnicos da Agência de Defesa puderam  acompanhar o trabalho dos veterinários com os produtores em relação à rastreabilidade.