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EDUCAÇÃO E INCLUSÃO

Escola estadual realiza atividade sobre conscientização e valorização dos povos indígenas

Estudantes do Ensino Médio da Governador Alexandre Zacharias de Assumpção trabalharam e aprofundaram o aprendizado sobre a história dos povos originários

Por Bianca Rodrigues (SEDUC)
24/06/2024 16h30

Durante o primeiro semestre deste ano, estudantes do Ensino Médio da Escola Governador Alexandre Zacharias de Assumpção, em Belém, tiveram a oportunidade de trabalhar e aprofundar o aprendizado sobre a história dos povos indígenas. A culminância dessa iniciativa foi a realização do “Banquete Cultural Amazônico - Consciência Indígena”, na manhã desta segunda-feira (24). A programação envolveu exposição artística, danças, vivências, seminário e rodas de conversas.  

O “Banquete Cultural Amazônico” teve como objetivo promover a reflexão e celebração, marcado pelo reconhecimento da importância dos povos indígenas na construção da nossa história, além de fortalecer a compreensão da riqueza cultural do país. 

“A temática indígena permeia todo o conteúdo de arte nas três séries, então a gente sempre procura trabalhar a partir das ideias de identidade, cultura, patrimônio, memória e história. Então é fundamental que você, para cultivar nos alunos o pertencimento, a ideia de se reconhecer como parte desse ambiente amazônico, ele precisa conhecer os povos originários e principalmente como esses povos originários contribuíram e contribuem para a nossa formação cultural de valores e de conhecimentos”, conta a professora Elen Pereira, de Artes. 

A estudante Camille Miguele apresentou uma adaptação regionalizada do livro ‘O Homem que Calculava’, de Malba Tahan, para mostrar que todo mundo merece ter uma oportunidade de ensino igual. 

“O nosso trabalho foi criado como se fosse uma releitura do livro ‘O Homem que Calculava’ e na nossa história, o personagem principal é um indígena da tribo Caiapó, que é aqui do interior do Estado, e ele veio para a cidade para estudar, fazer faculdade e virou um professor, e quando ele conseguiu essas coisas, ele voltou para a localidade dele e lá ensinou as pessoas, justamente para melhorar a qualidade de ensino delas”, disse a estudante da 1ª série do Ensino Médio. 

A programação, de forma interdisciplinar, uniu as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Artes, Língua Inglesa, Sociologia e Geografia. “É muito importante essas iniciativas na escola, porque com isso a gente aprende mais sobre a cultura dos povos originários e como eles se citam na sociedade, tirando esse misticismo de que são povos antigos, que eles não funcionam na sociedade atual. Isso é totalmente equivocado, pois a cultura deles é rica. Então, esses eventos nos ensinam que a culturalidade é importante para todo o nosso contexto atual e o contexto da sociedade inteira, já que eles estavam aqui bem antes de nós”, frisa o estudante Kauê Modesto, da 3ª série do Ensino Médio. 

Segundo o diretor Adriano Mesquita, a atividade contou com a participação de todos os alunos da unidade, bem como foi aberta à comunidade toda. “O projeto foi bem aceito pela comunidade escolar, o quantitativo de participantes envolveu 200 alunos que estavam à frente para apresentar essas atividades e, contando com o quantitativo total, temos cerca de 570 alunos envolvendo os turnos da manhã e da tarde. Para o próximo semestre teremos algo semelhante, mas relativo à consciência negra”, disse o diretor. 

A iniciativa segue nesta terça-feira (25), com mostra de Curtas Amazônicos e apresentação de traços identitários dos povos originários na Amazônia.