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SAÚDE PÚBLICA

Estado informa municípios sobre monitoramento da vacinação contra poliomielite e sarampo

A estratégia do ministério da Saúde deve ser realizada até 31 de julho, com entrevistas de famílias de crianças de 6 meses a menores de 5 anos para saber se estão imunizadas, nos 144 municípios paraenses

Por Roberta Vilanova (SESPA)
24/06/2024 08h36

Com o encerramento da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, realizada de 17 de maio a 14 de junho, os municípios paraenses têm nova missão para resgatar as coberturas vacinais. Precisam fazer o Monitoramento da Estratégia de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo (MEV) até o dia 31 de julho.

Essa nova estratégia do Ministério da Saúde foi apresentada pela coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, aos secretários municipais de Saúde, na última quinta-feira (20), na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), quando gestores municipais e estaduais de Saúde pactuam a organização e o funcionamento das ações e serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).Na última campanha campanha contra poliomielite, o Pará ficou em terceiro lugar no cenário nacional com 131.307 vacinas aplicadas

Jaíra Ataíde explicou que o MEV consiste na realização de entrevistas com as famílias de crianças de 6 meses a menores de 5 anos para saber se estão vacinadas contra a poliomielite e sarampo. “Todos os 144 municípios paraenses precisam realizar o MEV, e cada um deles recebeu uma meta, um número de crianças estabelecido para procurar e entrevistar”, informou.

O número de crianças foi definido a partir de critérios técnicos baseados no número da população de crianças e de salas de vacinação registradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).

Identificação - Segundo Jaíra Ataíde, o MEV é uma forma de identificar crianças não vacinadas e, a partir daí, fazer a devida correção, vacinando quem não está imunizado. “No entanto, se nessa sequência forem encontradas três crianças não vacinadas, a Secretaria Municipal de Saúde deve parar o MEV e iniciar a estratégia de intensificação da vacinação. Nesse caso, vai passar a vacinar de casa em casa todas as crianças, na perspectiva de corrigir alguma falha na cobertura da população daquela área”, ressaltou a coordenadora.

Como exemplo, Jaíra Ataíde apresentou o número de crianças que devem ser entrevistadas pelos municípios de Ananindeua (833), Belém (3.421), Benevides (207), Marituba (1.066) e Santa Bárbara do Pará (547), todos na Região Metropolitana de Belém.Criança imunizada contra a poliomielite: responsabilidade dos pais e monitoramento dos municípios são essenciais para manter a saúde de todos

Balanço da Campanha - Jaíra Ataíde informou ainda que a Campanha encerrada em 14 de junho foi a última com vacina oral contra a poliomielite (VOP). “A partir de agora só será utilizada a vacina injetável (VIP). Portanto, foi uma Campanha para concluir a transição da VOP para a VIP no Programa Nacional de Imunizações do SUS”, acrescentou.

A Campanha também teve os objetivos de resgatar a cobertura vacinal contra o sarampo em menores de cinco anos e consolidar evidências de elevadas coberturas vacinais, resultados que serão apresentados à Comissão Internacional para Recertificação de país livre da circulação viral do sarampo.

Quanto ao lugar ocupado no ranking nacional da campanha contra poliomielite, o Pará ficou em terceiro lugar com 131.307 vacinas aplicadas e cobertura vacinal de 25,34%, atrás do Espírito Santo (35,74%) e Rio Grande do Norte (31,84). 

Os municípios que alcançaram maior cobertura vacinal foram São João da Ponta (99,66%), Nova Timboteua (94,21%), Magalhães Barata (94,20%) e Brejo Grande do Araguaia (90,10%).

No entanto, segundo a coordenadora estadual, as doses de vacina oral aplicadas na rotina, até o dia 30 de junho, serão contabilizadas para a cobertura vacinal da Campanha Nacional da Poliomielite. “Então, é mais uma oportunidade de os municípios ampliarem a sua cobertura vacinal”, concluiu.