Emater mostra no 'Chocolat Xingu' a crescente qualidade do cacau paraense
Mais de 200 expositores participam do evento até domingo, expondo produtos como licor, adubo, bombons, barras de chocolate, trufas e mel de cacau
O trabalho desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) voltado ao crescimento da produção de cacau no Pará pode ser conferido pelos visitantes no Chocolat Xingu, evento que prossegue no município de Altamira até o domingo (16). A realização é do governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e Prefeitura Municipal de Altamira, no oeste paraense. O Chocolat Xingu reúne mais de 200 expositores, incluindo alguns atendidos pela Emater, que produzem licor de cacau, adubo, bombons, barras de chocolate, trufas, mel de cacau e outros derivados do fruto.
Produtora mostra ao visitante um dos produtos derivados do cacau
"Noventa por cento da produção do Estado vêm do pequeno produtor assistido pela Empresa, que desenvolve seu trabalho visando ao aumento da qualidade dos produtos deste agricultor, gerando emprego e renda. Estamos presentes em nove municípios na região do Xingu, que é responsável pela maior produção do Pará, e assim assistimos aos produtores para que se tornem qualificados", ressaltou o presidente da Emater, Joniel Abreu.
O Pará é o maior produtor nacional de cacau, e a Empresa de Assistência Técnica desenvolve um trabalho fundamental para o crescimento da produção. As ações se concentram na região de influência da Transamazônica (BR-230), que inclui os municípios de Novo Repartimento, Pacajá, Anapu, Vitória do Xingu, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Placas e Rurópolis, e detém 85,5% da produção estadual de amêndoas de cacau.
Presença do Estado - As ações da Emater com os produtores vão desde a organização rural ao planejamento de plantio e preparação de mudas enxertadas (denominadas clones). Os extensionistas promovem treinamentos aos produtores sobre técnicas de plantio e sistemas agroflorestais, incentivando a adoção de normas ambientais.
O trabalho inclui ainda práticas artesanais de produção de derivados de cacau, que agregam valor aos produtos, viabilização de financiamento rural e acompanhamento da cultura - manejo, colheita e pós-colheita.
De acordo com o supervisor da Regional de Altamira, Júlio Albuquerque, esse trabalho é importante para que o produtor, ao ter uma amêndoa de melhor qualidade, alcance melhores preços na comercialização dos produtos, contribuindo para o aumento da renda familiar.
A cacauicultura está entre as principais atividades socioeconômicas da agricultura familiar na região. Jucinete Silva, uma das produtoras atendidas pela Emater, trabalha com adubo feito com casca de cacau, caroço de açaí, fibra de coco e substrato.
Estande da Emater no evento realizado em Altamira
"A Emater sempre está nos auxiliando com assistência técnica, como melhorar o produto. Auxilia na divulgação dos meus produtos, que agora estão no estande da Empresa. E o trabalho deles ajuda a melhorar meus produtos", disse a produtora.
A Emater está presente nos 144 municípios paraenses, atendendo famílias produtoras com a viabilização de financiamento rural e acompanhamento do cultivo.
