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Centro de Inovação em Bioeconomia receberá startups e negócios comunitários da Amazônia

Em Brasília, titular da Semas destacou avanços nas obras do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia e na construção do sistema jurisdicional de REDD+

Por Igor Nascimento (SEMAS)
14/06/2024 20h28

Em sua participação no Simpósio do 20º aniversário da Tanguro - Ciências Políticas para o Futuro da Agricultura Sustentável, em Brasília (DF), na última quarta-feira (12), o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, destacou os avanços na implementação de projetos estruturantes e políticas públicas capitaneadas pela Semas, como o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que tem como um dos pilares o Centro de Inovação em Bioeconomia. As obras do Parque avançam no complexo Porto Futuro 2, ao lado da Estação das Docas, paralelamente ao andamento do sistema jurisdicional de REDD+ do Pará.Camilla Miranda expôs a estratégia de bioeconomia adotada pelo governo do Estado

“Estamos avançando tanto nas ações previstas no Plano Estadual de Bioeconomia, que tem o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia como o grande projeto estruturante para a COP 30, quanto em outras áreas que levam o Pará ao planejado estado carbono neutro, como é o caso da estruturação do sistema jurisdicional de REDD+, que está passando por um processo de co-construção com os povos da floresta”, destacou o secretário, durante o evento.

Ecossistema - O Centro de Inovação em Bioeconomia, que ocupará os galpões 5 e 6 do Porto Futuro 2, abrirá espaço tanto para startups que desenvolvem produtos sustentáveis, a partir de recursos renováveis, quanto para bionegócios comunitários em igual patamar. “O Centro está com obras avançadas, e a partir dele, que é apenas um dos espaços do ecossistema do Parque, receberemos as startups, a juventude, e ao mesmo tempo vamos fomentar os negócios comunitários no mesmo patamar”, explica Mauro O’de Almeida. 

O evento na capital federal, que também contou com a participação do governador do Pará, Helder Barbalho, reuniu pesquisadores, lideranças políticas, instituições filantrópicas, investidores e empresários para a discussão de ações transformadoras para o meio ambiente e a sociedade.O titular da Semas, Mauro O’de Almeida (5º a partir da esquerda), destacou os avanços ambientais no Pará

O evento foi organizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), uma das instituições mantenedoras da Tanguro, que desenvolve pesquisas sobre a interação entre floresta, clima e agricultura há 20 anos e está localizada em Querência, município do Mato Grosso.

Ainda segundo o titular da Semas, “estamos fazendo o sistema jurisdicional de REDD+, e o Ipam está desde o início neste processo. Nós estamos buscando a geração de créditos de alta integridade no mercado voluntário, portanto garantindo repartição de benefícios, salvaguardas para as comunidades tradicionais. Criamos uma companhia de ativos ambientais, que vai centralizar essa venda e poder fazer com que ela seja contabilizada de maneira correta. O que fizemos foi preparar um colchão jurídico, e estamos implementando agora as ações a partir disso, tendo como base uma sólida estrutura organizacional que nos dá sustentação e segurança pra agir. E o nosso agir tem um compromisso ético geracional, deixando um legado para as futuras gerações”.

Estratégia - O evento também contou com a participação da diretora-geral do Programa Municípios Verdes e responsável pela política de Bioeconomia na Semas, Camilla Miranda. Sobre a estruturação de políticas públicas criadas pelo Pará, Camilla Miranda traçou o histórico da construção da Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e a estratégia de bioeconomia, apoiada pelo Ipam.

“Desde a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas, do Plano Amazônia Agora, que tem esse nome por conta da emergência climática, colocamos alternativas positivas, que antes de 2019 não eram apresentadas pelo Estado, além da estratégia de comando e controle, que tinha como foco reduzir o desmatamento. A partir daí, fomos construindo o caminho para o que hoje é o Plano de Bioeconomia, com as ações que estamos realizando", ressaltou Camilla Miranda.