Ideflor-Bio elabora Planos de Ação para Unidades de Conservação da Grande Belém

Com o objetivo de fortalecer a gestão das Unidades de Conservação (UCs), na Grande Belém, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), por meio da Gerência da Região Administrativa de Belém (GRB), iniciou uma série de atividades voltadas à elaboração de Planos de Ação para cada Conselho Gestor das quatro UCs da região. 

As atividades, que começaram na última segunda-feira (10) e se encerram nesta quinta-feira (13), estão sendo realizadas nas referidas UCs, com apoio de mediação do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Os planos terão validade de dois anos e estão sendo elaborados pelos próprios Conselhos Gestores, com monitoramento participativo, garantindo que todas as partes interessadas possam acompanhar e contribuir para a gestão eficaz das áreas protegidas.

A programação foi organizada de forma a atender um Conselho Gestor por dia. No dia 10 de junho, o foco foi o Conselho Gestor do Parque Estadual do Utinga. No dia 11, as atenções se voltaram para o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Belém. O dia 12 foi dedicado ao Conselho Gestor da APA Ilha do Combu, e o encerramento, no dia 13, será com o Conselho Gestor do Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia.

Durante os encontros, serão discutidos temas como a preservação ambiental, a sustentabilidade das áreas protegidas e a integração das comunidades locais no processo de gestão. A elaboração dos planos busca não apenas atender às demandas ambientais, mas também promover o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida das populações que vivem nas proximidades dessas UCs.

Segundo o titular da GRB, Júlio Meyer, a iniciativa é fundamental para garantir que as UCs da Grande Belém sejam geridas de forma participativa e eficiente. “As ações estão sendo definidas e serão implementadas não só pelo órgão gestor, no caso, o Ideflor-Bio, mas também serão lideradas pelos próprios conselheiros. Fortalecendo a participação e o protagonismo dos Conselhos.

Comitê - Vale destacar que os Conselhos Gestores das UCs são formados por representantes de diferentes setores, incluindo órgãos governamentais, organizações não governamentais, comunidade científica e sociedade civil. Essa composição plural garante que diversas perspectivas sejam consideradas na elaboração dos Planos de Ação.

Para a conselheira da APA Belém, Mirleide Chaar Bahia, que representa o Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) da Universidade Federal do (UFPA), a participação dos conselheiros é de fundamental importância, principalmente neste formato de oficina junto com a comunidade. Ela acredita que os Planos de Ação vão refletir todos os problemas, as expectativas, as possibilidades de transformação, de mudança e de futuras ações para resolver algumas demandas.

“Os Planos de Ação vão ter um reflexo mais fidedigno, mais concreto de tudo o que acontece no dia a dia das comunidades, da própria APA. Isso ajuda a refletir e encontrar, talvez, soluções que possam minimizar alguns problemas. Portanto, essa iniciativa das oficinas é muito boa e, particularmente, a oficina que nós tivemos lá na Associação dos Verdejantes foi muito interessante, com uma condução muito boa dos trabalhos, com muito debate, com um grupo muito comprometido e, por isso, espero que essas oficinas e outros momentos de encontro com a comunidade continuem, porque com certeza isso vai trazer um panorama muito melhor para a gente trabalhar em relação às UCs”, frisou a conselheira. 

Diálogo - De acordo com o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, a participação ativa dos Conselhos Gestores na elaboração dos planos é crucial para o sucesso das ações de conservação. “Queremos garantir que cada unidade de conservação tenha um plano de ação robusto, que considere as peculiaridades de cada área e conte com o apoio e a colaboração de todos os envolvidos”, afirmou.

A iniciativa do Ideflor-Bio, por meio da GRB, vem ao encontro das diretrizes estaduais de conservação ambiental e gestão participativa. A expectativa é que, com os novos Planos de Ação, as UCs da Grande Belém possam enfrentar os desafios ambientais de maneira mais eficaz e sustentável, promovendo a conservação da biodiversidade e a valorização das comunidades locais.

“Ao final do evento, esperamos que cada Conselho Gestor esteja capacitado e motivado para implementar as ações previstas nos planos de ação, contribuindo para a preservação das áreas protegidas e para o desenvolvimento sustentável da região. O Instituto continuará monitorando e apoiando as atividades, assegurando que os objetivos estabelecidos sejam alcançados”, complementou Júlio Meyer.