PCPA cumpre mandado de prisão preventiva de PM da reserva por homicídio de torcedor
O crime ocorreu no dia 7 de abril deste ano, no estacionamento do Mangueirão, durante uma briga entre torcedores do Clube do Remo
A Polícia Civil do Estado do Pará, através da Diretoria de Especializada (DPE) e da Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE), cumpriu, nesta terça-feira, 4, o mandado de prisão preventiva contra o policial militar da reserva Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista, indiciado pelo homicídio qualificado de Paulo Alexandre Silva Dias.
O crime ocorreu no dia 7 de abril deste ano, no estacionamento do Estádio Mangueirão, em Belém, durante uma briga entre torcidas organizadas do Clube do Remo. Após investigações, a Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE/DIOE) concluiu o inquérito policial, indiciando Cristóvão Augusto Alcântara Evangelista por homicídio doloso qualificado por motivo fútil, conforme o artigo 121, §2º, II, do Código Penal.
"O laudo balístico comprovou que os estojos coletados no local do crime apresentaram compatibilidade com uma das armas apreendidas pela polícia, que pertenciam ao policial militar da reserva. Além disso laudos periciais de análise de imagem apontam que no momento do homicídio o indiciado foi o único que disparou arma de fogo e outros elementos colhidos somados aos laudos indicam que os disparos foram feitos em direção a multidão e não para o alto", explicou o delegado Marcos André titular da DPTGE.
Inicialmente, foi solicitada a prisão temporária do indiciado por 30 dias, prorrogada posteriormente por mais 30 dias. Ao final das investigações, a autoridade policial representou pela conversão da prisão temporária em preventiva, deferida pelo poder judiciário. Na tarde de hoje, 4, foi cumprido o mandado judicial de prisão preventiva, e o indiciado que segue recolhido no sistema penitenciário, onde permanecerá à disposição da justiça.
"Esse caso reforça a atuação da Polícia Civil no combate à violência em eventos esportivos. Estamos empenhados para garantir que a justiça prevaleça e que os atos de violência não fiquem impunes", ressaltou o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende.