Polo citrícola de Capitão Poço recebe ação de educação sanitária
Foram abordados o comércio de defensivos agrícolas, o uso correto de agrotóxicos e as medidas de prevenção para evitar as pragas dos citros
O auditório do Campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) em Capitão Poço ficou lotado durante o evento de educação sanitária promovido pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), por meio da Regional de Capitão Poço.
Produtores rurais, estudantes, professores, trabalhadores rurais, empresários do ramo agropecuário, autoridades do legislativo municipal e estadual, responsáveis técnicos, engenheiros agrônomos e a comunidade em geral compareceram.
Os assuntos abordados foram o comércio de defensivos agrícolas e o uso correto de agrotóxicos, as medidas de prevenção para evitar as pragas dos citros e as ações de educação fitossanitária para proteger os polos citrícolas paraenses.
O fiscal estadual agropecuário Luiz Guamá, gerente do Programa Estadual de Agrotóxicos da Adepará, falou sobre as mudanças na legislação de agrotóxicos e o uso correto dos defensivos agrícolas nas propriedades rurais.
O fiscal estadual agropecuário Alexandre Araújo, da unidade de Capitão Poço, abordou o greening, uma doença causada por uma bactéria transmitida por um inseto. A praga é considerada a doença dos citros de maior importância no mundo, em função da dificuldade de controle, da rápida disseminação e por ser altamente destrutiva.
O empresário Junior Zamperline, presidente das Indústrias Zampa Juices e Citropar Agropecuária, compartilhou suas experiências na citricultura de São Paulo, no combate ao greening.
No evento, o auditor fiscal federal Milton Cunha representou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Adepará foi representada pela diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, Lucionila Pimentel, que alertou os produtores para a necessidade de monitorar os polos citrícolas.
“As atividades de educação sanitária têm como objetivo sensibilizar a população em geral, principalmente os produtores de citros para a realização de monitoramento constante do greening e promover a conscientização da importância do monitoramento e controle do seu vetor, o inseto psilídeo Diaphorina citri ou psilídeo cítrico asiático”, explicou.
A atividade foi organizada e coordenada pela Gerência Regional de Capitão Poço, através do gerente regional, fiscal estadual agropecuário Pedro Júlio Pedrosa de Miranda, e contou com apoio de colaboradores e servidores da Unidade Local de Sanidade Agropecuária (Ulsa), de Capitão Poço.
“Essas atividades servem para fortalecer nossos trabalhos, que são constantes, para conscientizar a população em geral, principalmente comerciantes e produtores rurais, da vital importância a respeito do uso correto e do comércio de agrotóxicos, bem como apresentar pontos chaves nas alterações da legislação vigente de agrotóxicos”, ressaltou Pedro Pedrosa, gerente regional da Adepará em Capitão Poço.
Segundo o gerente, a Adepará vem desenvolvendo uma série de medidas legislativas, fiscalizatórias, de inspeção e de educação fitossanitária para proteger essa importante cadeia produtiva da laranja e do limão, prevenindo a entrada de pragas no território paraense.
Área livre - Atualmente, o Pará conta com um expressivo parque citrícola distribuído em dois polos, criados pelo decreto estadual nº 1943/2017 e que possuem Status Sanitário de Área Livre do Cancro Cítrico. Um deles está localizado no nordeste do Pará e é composto pelos municípios de Capitão Poço, Irituia, Ourém, Garrafão do Norte e Nova Esperança do Piriá. O outro fica na região Oeste e abrange os municípios de Monte Alegre, Alenquer, Santarém, Prainha, Belterra e Mojuí dos Campos.
A Adepará realiza rotineiramente ações no sentido de manter a sanidade do território paraense para três pragas dos citros: cancro cítrico, greening e pinta preta, doenças presentes em outras Unidades da Federação e ameaça constante aos polos citrícolas paraenses.