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Música proporciona alegria e ludicidade durante  internação no Hospital Octávio Lobo

Projetos beneficiam a pacientes e ajudam  na melhor adaptação ao tratamento

Por Leila Cruz (HOIOL)
28/05/2024 18h00

Durante o processo de hospitalização de crianças, as atividades lúdico-pedagógicas são utilizadas com intuito de amenizar a aflição, a ansiedade e o estresse. A música configura entre as ferramentas de humanização mais diferenciadas por conseguir reunir o brincar e o lúdico e contribuir para o desenvolvimento psicomotor, emocional, cognitivo e social dos pacientes. Em Belém, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol) valoriza a arte e a cultura como um recurso para promover interações e vivências no ambiente hospitalar.

Ana Maria Oliveira, 52 anos, moradora de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, acompanha Airon Gabriel, de 4 anos.  Ela conta que o neto aguarda pela segunda cirurgia para retirar tumores cerebrais benignos. “Estamos aqui há três meses longe do nosso lar, da nossa família e poder interagir com outras pessoas é sempre bom. Assim como o tratamento, ficar muito tempo na enfermaria pode ser muito estressante, então  ver pessoas, ouvir música e participar de atividades torna a estadia menos angustiante. A música traz uma sensação boa, de conforto”, relatou.

Ao todo, o hospital desenvolve três projetos musicais: Canto Musical, executado pela arte-educadora e musicista da instituição, Músicas de  Cura e  Melodias de Esperança, em parceria com voluntários. A coordenadora de Humanização, Natacha Cardoso, explica que a interação musical no ambiente traz sensação de alívio, leveza e ajuda a tirar a criança dos momentos de medo e insegurança ocasionados pelo tratamento, assim como ajuda na adaptação às rotinas hospitalares.

“A música traz diversos benefícios para o corpo e a mente do paciente infantil, bem como no desenvolvimento humano, por isso temos uma profissional na equipe de humanização que atua com um projeto fixo três vezes ao mês, na sala de música ou à beira leito. Mas buscamos sempre parcerias com profissionais que atuam na área com a finalidade de diversificar esse atendimento, torná-lo mais agradável e interessante e trazer novidades para nossos usuários”, elucidou Natacha.

Benedito Sousa, 38,  é  pai da Thaylla, de 10 anos, que ficou internada para investigar uma condição no rim, contudo a menina será referenciada para a Fundação Santa Casa para dar início ao tratamento designado. “Viemos hoje para cá, minha filha gosta muito de música e pediu para ficar sentadinha lá na frente. É interessante ouvir as canções, traz uma sensação de bem-estar e relaxamento.”

Um dos parceiros é o produtor Cristiano Aguiar, que é responsável pelo projeto “Música de Cura, Notas de Esperança”. Cristiano e equipe seguem um cronograma composto por quatro datas e já estão na segunda visita ao hospital. Ele conta que o projeto surgiu de uma experiência pessoal que passou durante uma visita ao filho de uma pessoa conhecida, momento que ficou tocado com as crianças em tratamento contra o câncer. 

“Quando pensamos em fazer projetos na áreas culturais ou esportivas, imaginamos grandes bandas e espetáculos teatrais grandiosos. Muitas vezes não percebemos que bem ao nosso ladinho tem muita gente que precisa de atenção. Esse projeto será desenvolvido durante o mês de maio e junho e espero conseguir levar para outros lugares”, concluiu.

Serviço - Credenciado como Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é referência na região Norte no diagnóstico e tratamento especializado do câncer infantojuvenil, na faixa etária entre 0 a 19 anos. A unidade é gerenciada pelo Instituto Diretrizes, sob o contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública, e atende pacientes dos 144 municípios paraenses.