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Hospitais estaduais desenvolvem projetos humanizados a pacientes e acompanhantes no Pará

Pet Terapia, acesso a biblioteca, musicoterapia, arteterapia e sessões de cinema são exemplos de ações realizadas dentro das unidades hospitalares

Por Giovanna Abreu (SECOM)
24/05/2024 08h00

Na busca por tornar os tratamentos de saúde e internações mais leves para pacientes e acompanhantes no Pará, o Governo do Estado desenvolve nos hospitais, projetos humanizados itinerários e permanentes. A ideia é promover maior conforto e bem estar neste momento difícil.  

"O atendimento humanizado nos hospitais estaduais se concentra em proporcionar uma experiência mais empática e centrada no usuário, com a utilização de tecnologias leves e considerando suas necessidades físicas, emocionais e psicológicas. Isso envolve uma comunicação clara e respeitosa, além de criar um ambiente acolhedor e de apoio aos pacientes e familiares", ressalta Guilherme Martins, coordenador estadual de Humanização da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa).

A pequena Analice Santos, de 6 anos, moradora de Eldorado dos Carajás, que está hospitalizada na Clínica Pediátrica do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, há três dias, participa ativamente do projeto ‘Contos de Esperança’, que busca, de maneira lúdica, por meio de contação de histórias e conforto às crianças internadas.  

“Ouvir histórias é a melhor parte do meu dia aqui no hospital, especialmente quando são sobre princesas. A tia que conta as histórias faz vozes diferentes e é tão divertido. Sempre espero ansiosa pela hora dos contos, me fazem sentir melhor”, diz Analice. Além deste projeto, a unidade também desenvolve o ‘Cine na Palma da Mão’, que oferta tablets nos leitos para exibição de desenhos e filmes selecionados; o ‘Acordes do Bem’, com músicos voluntários e atividades lúdicas, como quebra-cabeças, caça-palavras, pinturas e outros jogos educativos. 

A mãe da pequena Analice, Rosilene de Oliveira, que acompanha a filha nesse período de recuperação pós-cirúrgica, celebra a iniciativa estadual. "São gestos como este que fazem toda a diferença em momentos desafiadores. Estamos gratos pelo apoio e carinho que temos recebido aqui no hospital", destaca. O projeto “Doce Companhia” também é desenvolvido no hospital e é destinado às mães que acompanham seus filhos internados nas UTIs pediátricas e neonatais. Buscando proporcionar momentos de conforto e distração, a iniciativa oferece atividades culturais como pintura em tecido e artesanato. 

No Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa, além da musicoterapia e arteterapia, por meio de pinturas, criações, desenhos, teatro e várias formas de arte, a unidade desenvolve o projeto de hortoterapia, que busca tornar a horta do hospital em um espaço aconchegante e sustentável. Os pacientes podem fazer parte da construção da horta cultivando as hortaliças.

ABERLARDO SANTOS – Há mais de 20 dias internada no hospital para um procedimento cirúrgico, a professora aposentada Maria Ieda Baena, de 77 anos, faz parte do projeto Biblioteca Itinerante. “Eu acho super legal porque diminui nossa ansiedade. Estou há 25 dias aqui, me preparando para o procedimento e é muito ruim ficar sem fazer nada. Quando não está a televisão ligada, eu fico nos meus livros. E eu gostei porque são coisas que me atraem, justamente a leitura, que sou apaixonada, principalmente as que falam da nossa existência, do nosso Deus, do nosso Criador”, conta. O projeto acontece por meio de um carrinho com livros que percorre as enfermarias.

A Pet Terapia e o curso para gestantes e acompanhantes ‘Laços de Amor’ são outras ações desenvolvidas no Hospital Regional Abelardo Santos com o intuito de promover o bem-estar emocional, físico e social dos pacientes.

AINDA EM BELÉM – O Hospital Ophir Loyola promove aos pacientes, além do ‘Carrinho de Leitura’ e do ‘Espaço Acolher’, com atividades artesanais, lúdicas e coral para pacientes e acompanhantes, o ‘Prontuário Afetivo’. Por meio deste recurso, mulheres assistidas na clínica de oncoginecologia são instigadas a compartilhar um pouco mais de si, como forma terapêutica. 

Para as crianças com câncer, o Hospital Oncológico Infantil Otávio Lobo desenvolve inúmeras ações, como o ‘Projeto Dodói’, que aborda, de um modo próprio da infância, os conceitos de linfoma, leucemia, transplante de medula óssea e suas fases de tratamento, facilitando à criança enferma, de forma lúdica, a expressão e compreensão de suas necessidades, sejam elas físicas ou psicológicas. O Kit Dodói traz personagens de Mônica e Cebolinha, acompanhados de um estojinho médico contendo injeção, termômetro, medidor de pressão e estetoscópio, além de cartazes, jogos e revistas informativas e gibi. 

Há também o Cine QT, que é realizado na quimioterapia ambulatorial do hospital; o ‘Mini Enfermeiros’, projeto pensado para desenvolver a capacidade das crianças aprenderem sobre a importância dos cuidados de enfermagem, de forma lúdica; o ‘Aprendizagem Criativa’, com a construção de brinquedos e jogos a partir materiais recicláveis; o ‘Pequenos Chefs’, que incentiva a autonomia, criatividade e a sociabilidade da criança, além da participação dos responsáveis pela criança na preparação conjunta dos alimentos.

As mães das crianças internadas podem participar do ‘Canto da Empreendedora’, projeto que promove o empoderamento, geração de renda e a transformação na vida de mães que acompanham os filhos em tratamento oncológico; ‘Projeto Mãos Arteiras’, com oficinas de artesanato sustentável; ‘Projeto Soletrando o Saber’, com alfabetização e letramento das mães dos pacientes que não tiveram oportunidade de frequentar a escola; e ainda o ‘Projeto Fazendo Arte Com Tampinhas Que Curam’, por meio de oficinas de bijuterias sustentáveis. 

ANANINDEUA – Entre os projetos do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), são destaques o “Projeto Reconexão”, que leva os pacientes, crianças e adultos, para ambientes diferentes das unidades de internação com o objetivo de minimizar angústias decorrentes do período de hospitalização; o “Karaokê: Cantar para se alegrar” e o “Projeto Heróis do Metropolitano”, que busca amenizar sentimentos negativos que possam surgir devido o período de internação, a partir de fantasias de personagens infantis.